A Pew Research realizou uma pesquisa que revelou que 51% dos especialistas do setor de tecnologia acreditam que o desenvolvimento acelerado da tecnologia irá dificultar o controlo das “fake news”, notícias falsas que são partilhadas na internet. Para muitos, a situação não tem solução e a tendência é de piorar.
A empresa de pesquisas entrevistou cerca de 1.100 especialistas do setor, questionando se acreditavam que o problema das “fake news” ia piorar ao longo da próxima década. 49% dos entrevistas defendem a ideia de que a tecnologia existente atualmente é suficiente para solucionar o problema a curto prazo, mas 51% acredita que só vai piorar.
Para os que dizem ser impossível solucionar a questão, a Pew Research identificou dois principais argumentos: o primeiro é de que o crescimento acelerado de soluções tecnológicas ultrapassará a capacidade para compreender o fenómeno das “fake news”, o que impedirá a correção do problema.
Outro argumento é que o desejo dos utilizadores por conteúdo falso e polémico é crescente e apenas continuará a alimentar as fontes de notícias falsas.
Algumas empresas de tecnologia que partilham este tipo de notícias, como o Facebook, Twitter e Google, atualmente trabalham em soluções que não estão a ser muito eficientes no contexto geral. As formas de combater as “fake news” consistem em multas, desenvolvimento de marcadores e educação dos usuários.
Em abril deste ano, o Facebook e a Mozilla investiram mais de 14 milhões de dólares, pouco menos de 12 milhões de euros, no fundo Iniciativa da Integridade Noticiosa. O objetivo deste fundo é educar os utilizadores a distinguir as notícias falsas das verdadeiras na internet.
De qualquer forma, esses esforços ainda não se revelaram totalmente eficientes contra o aumento alarmante de conteúdo falso ou com discurso de ódio nas redes sociais.
ZAP // CanalTech