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Facebook vai pagar a meios de comunicação para promover notícias “confiáveis”

(dr)

Em breve, o Facebook terá uma secção de notícias “confiáveis”, que funcionará como uma espécie de portal com destaques noticiosos.

O Facebook vai ter uma secção de notícias no seu site, que funcionará como uma espécie de portal, apresentando manchetes do Wall Street Journal e de outros órgãos de comunicação do grupo News Corp, avança a Reuters. Os grupos de comunicação social que vão ceder notícias ao novo separador do Facebook serão pagos pelo grupo Facebook, Inc.

As pessoas querem ver notícias de alta qualidade no Facebook. Estou entusiasmado por termos a oportunidade de incluir jornalismo premiado do The Wall Street Journal [e de outros meios pertencentes ao grupo News Corp] na nossa secção noticiosa”, adiantou Mark Zuckerberg, citado pelo Wall Street Journal.

Esta nova secção tem uma importância simbólica significativa, já que é a primeira vez que a rede social se predispõe a pagar regularmente a meios de comunicação social para incluir notícias na sua plataforma. Além do Wall Street Journal, também as publicações Washington Post, BuzzFeed News e Business Insider chegaram a acordo.

Os órgãos de comunicação social queixavam-se já há muito tempo da forma como a rede social evitava pagar aos meios de comunicação pela inclusão de notícias na sua plataforma. Rupert Murdoch, fundador do grupo News Corp, tinha mesmo pedido publicamente à empresa para que acedesse a pagar aos meios de comunicação que produzem notícias “confiáveis” e as difundem no Facebook.

O Wall Street Journal avança que os valores que o Facebook ofereceu aos meios de comunicação “oscilam entre as centenas de milhares de dólares por ano“, no caso das “pequenas publicações”, “alguns milhões” no caso de publicações “maiores” e “um valor substancialmente mais alto do que esse no caso dos maiores grupos” de comunicação social.

Segundo o Observador, resta agora saber como irão reagir os meios de comunicação que não serão pagos pelo Facebook nem cederão títulos à nova secção noticiosa da rede social. De acordo com o WSJ, o Facebook “procurou incluir notícias de 200 publicações diferentes, embora se tenha oferecido apenas para pagar a um quarto das organizações noticiosas que estarão envolvidas” nesta “discriminação positiva” de meios de comunicação.

As manchetes serão selecionadas, em parte ,por uma equipa de jornalistas que decidirá que títulos destacar no separador “top news”, que terá espaço para dez manchetes, e em parte pelo algoritmo da rede social.

Não será possível ler notícias “fechadas”, pelo que os destaques vão “redirecionar [os leitores] para os sites das publicações” e sugerir que os utilizadores da rede social se tornem assinantes das publicações.

Esta nova secção de notícias tem também como objetivo combater a popularização e disseminação, através da plataforma, das “fake news”.

ZAP //

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