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Facebook lança medidas adicionais para dar mais privacidade aos utilizadores

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Kris Krug / Flickr

Mark Zuckerberg, fundador do Facebook

O Facebook vai lançar, nas próximas semanas, medidas para dar mais privacidade aos utilizadores, afirmando que “percebeu claramente” que as ferramentas disponíveis “são difíceis” de encontrar e que “tem de fazer mais” para informar os utilizadores da rede social.

A rede social Facebook tem estado no centro de uma vasta polémica internacional com a empresa Cambridge Analytica, acusada de ter recuperado dados de 50 milhões de utilizadores da rede social, sem o seu consentimento, para elaborar um programa informático destinado a influenciar o voto dos eleitores, favorecendo a campanha de Donald Trump.

“Os acontecimentos da semana passada mostraram que ainda há muito a fazer para o Facebook aplicar as suas políticas e ajudar as pessoas a perceberem como funciona, assim como as opções de escolha ao seu dispor relativamente aos seus dados”, afirma o Facebook em comunicado.

A rede social, liderada por Mark Zuckerberg, “percebeu claramente que as definições de privacidade e outras ferramentas importantes são difíceis de encontrar e que tem de fazer mais para manter os utilizadores informados”.

Assim, além dos anúncios feitos por Mark Zuckerberg a semana passada – reprimir os abusos da plataforma, o fortalecimento de políticas e facilitar às pessoas a possibilidade de anularem a capacidade das aplicações acederem aos dados -, “serão tomadas medidas adicionais, durante as próximas semanas, para dar aos utilizadores um maior controlo sobre a sua privacidade”.

Segundo a empresa, o objetivo é tornar as configurações e ferramentas de dados mais fáceis de encontrar, através do menu de definições para dispositivos móveis, de um novo menu de atalhos de privacidade, e de novas ferramentas para encontrar, descarregar e apagar os dados dos utilizadores no Facebook.

O Facebook afirma que a maioria destas atualizações “estava já a ser trabalhada há algum tempo, mas os acontecimentos dos últimos dias reforçaram ainda mais a sua importância” e para as próximas semanas assegura que serão propostas atualizações dos termos de serviço da rede social.

“A política de dados será também atualizada para que seja mais fácil perceber que dados são recolhidos e como são utilizados. Estas atualizações visam uma maior transparência – não a obtenção de novos direitos de recolha, uso e partilha de dados”, afirma a empresa.

Para desenvolver estas ferramentas e atualizações, o Facebook trabalhou em conjunto com reguladores, legisladores e especialistas em privacidade.

// Lusa

4 Comments

  1. Quais? Vão fechar portas? É que só assim é que podem “dar mais privacidade aos utilizadores”. Pelo menos áqueles que “chegaram” há pouco tempo… Os que já lá estão… Privacidade? Só para quem é muito inocente e ignorante (a maioria dos utilizadores).

  2. +1. A melhor maneira de dar mais privacidade é mesmo, ou nem sequer criar conta no FB, ou se já tiver, cancelar a conta. Foi o que fiz há 6 meses atrás, apesar da muito reduzida utilização, sem publicações ou comentários, muito menos disponibilização de fotos pessoais / familiares.

    • Mas sabe? Toda a informação que lá colocou não desapareceu! Estará sempre à disposição deles (Facebook) e de quem quiser (que tenha meios e conhecimento) aceder. Mas, apesar de tudo, ainda bem que saiu de lá. Não pela questão da segurança. Mas porque lhe chamam rede social quando é precisamente algo absolutamente antagónico ao conceito… social!
      Nota: Seja no Facebook ou em qualquer lado, tudo o que colocar na internet (consciente ou não) estará sempre disponível para quem queira tirar proveito dessa mesma informação.
      Cuidado com as aplicações de samrtphones! A maioria são gratuitos, mas exigem acesso total (ou quase) à rede! Isso quer dizer, acesso aos seus dados pessoais!… E para onde é que eles vão? Para a internet!

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