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Facebook admite derrota. Tirar notícias do feed “não foi eficaz”

A experiência, levada a cabo em seis países, que propunha a divisão do mural do Facebook em dois – uma dedicada aos posts dos amigos e familiares e outra que mostraria as publicações de páginas e empresas – acabou por fracassar. A rede social admite acabar com a ferramenta Explore.

Esta quinta-feira, o Facebook anunciou que irá pôr fim à experiência que separou o conteúdo de páginas de organizações e empresas do feed dos utilizadores. Esta decisão surge depois de meses de queixas devido ao aumento de notícias falsas a circular nesta rede social.

Esta experiência foi levada a cabo em seis países e retirava todas as notícias de sites profissionais do feed principal dos utilizadores. Segundo o Público, o diretor do feed de notícias do Facebook, Adam Mosseri, justifica que a decisão assentou num “feedback constante” dos utilizadores que pediam para ver mais conteúdos da família e amigos.

Assim, em outubro, o Facebook retirou os conteúdos de empresas e organizações e colocou-os num separador à parte, dedicado a conteúdo noticioso e entretenimento: o Explore. Esta ferramenta foi aplicada na Eslováquia, Sri Lanka, Camboja, Bolívia, Guatemala e Sérvia, por forma a criar dois feeds diferentes.

Mas a solução baseada nos interesses dos utilizadores acabou por fracassar. “Nos inquéritos, as pessoas disseram-nos que estavam menos satisfeitas com aquilo que estavam a ver”, explicou Adam Mosseri, num comunicado.

Além disso, houve queixas crescentes de que o formato explore tornava mais difícil o acesso a informações importantes. “Concluímos que o Explore não foi eficaz“, conclui no comunicado.

Também esta quinta-feira, conta o Público, Jack Dorsey, director-executivo do Twitter, anunciou estar à procura de uma ferramenta capaz de garantir conversas “saudáveis” nesta rede social. “Testemunhamos abusos, assédio, manipulação através de bots, etc. Não nos orgulhamos da forma como as pessoas aproveitaram o nosso serviço”, afirmou.

Atualmente, o dedo está apontado às redes sociais e à sua capacidade de manipulação a opinião pública, através de conteúdos falsos disfarçados de notícias.

ZAP //

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