Os líderes e partidos de extrema-direita responderam de maneiras diferentes à pandemia de covid-19, dependendo se estavam ou não no poder. O Partido do Povo Suíço (SVP), que ocupa ambas as posições, optou por uma abordagem sinuosa e um tanto confusa.
O primeiro caso de covid-19 na Suíça foi identificado no dia 25 de fevereiro do ano passado e não demorou muito até o país registar taxas alarmantes da doença.
Cinco dias depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter declarado a covid-19 uma pandemia mundial, a Suíça declarou uma “situação extraordinária” sob a Lei de Epidemias, que permitiu ao Governo implementar as medidas necessárias para conter a propagação do vírus sem ser necessária a aprovação do Parlamento.
A Suíça tem um sistema político federal descentralizado. Uma grande coligação dos quatro maiores partidos forma o Governo, o que implica resolver conflitos políticos através de negociações e compromissos.
Neste contexto, a invocação de poder exclusivo do Governo federal foi controversa.
Adrian Favero, investigador do Departamento de Política e Estudos Internacionais da Universidade de Birmingham, assina um artigo no The Conversation no qual explica que a Suíça se tornou um caso de estudo para entender como uma crise de saúde global afeta a estabilidade de instituições democráticas bem estabelecidas e muda os debates políticos.
O caso do partido de extrema-direta SVP
O maior dos quatro principais partidos suíços no Governo, o Partido do Povo Suíço (SVP), é um dos partidos de extrema-direita mais fortes e bem-sucedidos da Europa.
Apesar de deter dois dos sete assentos no Governo federal da Confederação Suíça, o SVP continua a promover-se como oposição, um ato que se tornou desafiador durante a pandemia.
No início, os quatro partidos mantiveram-se unidos na implementação das restrições, mas a paz não durou muito tempo.
O SVP lamentou o impacto negativo que as medidas restritivas estavam a ter sobre a economia suíça e exigiu controlos mais rígidos nas fronteiras para evitar a propagação do vírus. Ao mesmo tempo, criticou a forma como o Governo lidava com a crise, visando o ministro federal da Saúde (do Partido Social-Democrata).
No final de outubro do ano passado, na mesma altura em que a Suíça confinou pela segunda vez, o ceticismo começou a proliferar na sociedade. Os cidadãos queriam mais controlo central sobre as decisões e, em resposta, o SVP intensificou as críticas e acusou o Governo federal de “introduzir uma ditadura“.
Esta acusação vinda do SVP é muito surpreendente, já que o partido tem dois representantes no Governo e a maioria das cadeiras no Parlamento.
O que esperava alcançar com esta estratégia continua a ser um mistério.
O investigador considera que é difícil concluir se esta abordagem beneficiou ou não o partido. Por um lado, permitiu ao SVP reforçar o seu perfil populista, ter visibilidade nos meios de comunicação e agir como defensor do interesse público e da economia nacional. Mas, por outro, a campanha contra o Governo fez o partido parecer um parceiro ineficaz.
São umas meias-lecas esses “partidos do povo” populistas radicais de direita. Só querem é fazer barulho para terem votos populistas, fazer algo pelo país ou ter estratégias de desenvolvimento lúcidas ZERO. Rua bandalhos, são piores que os que já la estão!
Nem mais!
E os populistas radicais de esquerda, o que fazem? Quotas para ensino superior por raça ou etnia? Vai passear.
As ideologias nao matam ninguem, as pessoas que ocupam o poder e que tomam as decisoes erradas.
A suica e exemplo mas aplicacao das leis e que contam, respeitos pelas mesmas.
Conta muito a educacao, a cultura, entendimento do pais real coisa que novos candidatos nao entendem e velhos ignoram os valores culturais do pais real.
Ora politicos hoje sao individuos que nao entendem de politica muito menos dos problemas do pais…confundem politica com relacoes pessoas e familiares, amigos etc, de certa maneira nao endem que ir para politica nao deve ser visto como ficar la vida inteira, mas uma passagem, um acto de cidadania de servir o povo…
“Uma passagem. Um acto de cidadania para servir o povo”.
Ora bem, totalmente de acordo. Isso sim é vida política. Para servir, e não para SE servir.