Extrema-direita é “levada ao colo” na campanha

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Miguel A. Lopes / Lusa

O fundador do partido Livre, Rui Tavares, durante uma entrevista à Lusa

O deputado único do Livre, Rui Tavares

Rui Tavares denuncia tratamento de favor oferecido injustificadamente à extrema-direita, que “não resolve um único problema” e provoca a divisão dos portugueses.

O porta-voz do Livre, Rui Tavares, denunciou este sábado um desigual tratamento na campanha, indicando que é oferecida uma presença “muitas vezes injustificadamente” à extrema-direita, que “não resolve um único problema do país”.

“A verdade é que está a haver uma desigualdade de tratamento nesta campanha. Há quem, já há muitos anos, mesmo quando tinha menos votos do que o Livre, estava o tempo todo a levar um tratamento de favor, que depois leva ainda ao debate de porque é que eles têm tanta presença, se essa presença lhes foi oferecida muitas vezes injustificadamente”, sustentou.

À margem da apresentação da lista candidata do partido pelo círculo eleitoral de Coimbra, que decorreu ao final da manhã na Casa Municipal da Cultura, e onde já tinha afirmado que “alguns são levados ao colo”, Rui Tavares sublinhou que a escolha do próximo parlamento tem de ser feita “com base nas propostas que estão a fazer caminho no país” e que “já estão a mudar a vida das pessoas”.

“Está gente que tem propostas feitas, aprovadas e que estão a mudar a vida das pessoas e está gente que não resolve um único problema do país e que não tem nenhuma proposta a mudar a vida de ninguém. E estou a falar claramente da extrema-direita”, disparou.

Aos jornalistas, o líder do Livre acusou a extrema direita de, através do seu discurso, provocar a divisão dos portugueses.

“O que vai conseguir é que todos os nossos problemas fiquem mais difíceis de resolver e alguns ficarão mesmo impossíveis de resolver”, acrescentou.

De acordo com Rui Tavares, o Livre propõe uma política cívica, construtiva e em prol das pessoas. “Todos os dias contrariamos quem anda a rasgar o nosso contrato democrático”, sustentou. No seu entender, as medidas para o futuro têm de “passar por uma maioria no próximo parlamento, que seja uma maioria de progresso”.

“E aí, muito claramente, nós vemos quem é que propõe políticas de desenvolvimento assente numa economia do conhecimento, que é a que pode pagar melhor, numa cultura de trabalho que mude e que seja mais flexível, porque as nossas pessoas merecem”, referiu.

Rui Tavares evidenciou ainda que o Governo que teve mais satisfação, desde o início do século, “foi à esquerda, o chamado Governo da geringonça”.

“O que nós propomos é que é preciso fazer melhor do que isso e não substituir a geringonça pela barafunda da direita e da extrema-direita, onde ninguém se entende e andam a roubar deputados uns aos outros, mas por um Governo à esquerda que siga as melhores práticas europeias. Que seja negociado e que tenham um acordo escrito, porque um acordo assinado é um Governo escrutinado pelas pessoas”, indicou.

Nesse acordo, o Livre avisa que há critérios que são “absolutamente inultrapassáveis”, nomeadamente em relação ao respeito pelos direitos humanos e na participação ativa e dinâmica no projeto europeu.

“Nós achamos que a esquerda deve ser uma esquerda de direitos humanos e que isso deve ser de forma constante. Acreditamos que, com negociações que sejam consequentes, demorem o tempo que demorar, e que podem ser duras em alguns momentos, conseguiremos ter um programa consistente e coerente, de progresso e de ecologia para o nosso país”, concluiu.

ZAP // Lusa

13 Comments

  1. Infelizmente há muitos que desejam e berram pela canga.
    Uns porque nunca a sentiram, outros porque têm saudades. (vá-se lá saber de quê).
    Aos pobres coitados, Deus lhes perdoe, mas a “gente” que se tem por inteligente, fazia muito bem que lhes carregasse em força.
    (Só não o desejo pelos que cá deixo, sãos e lúcidos) .
    Por mim, dar-me – ia muito gozo vê – los berrar a sério, porque nem sabem como isso é diferente do berço em que tiveram a sorte de nascer.

  2. É verdade.
    Andam por aí alguns amigos da canga, que subrepticiamente vão mexendo cordelinhos.
    Uns porque nunca a sentiram, outros porque estão saudosos de quando a aplicaram. e se julgam impunes.
    Tempo ao tempo, que o tempo é mestre e não poupa ninguém.
    Muito menos os que se queixam do berço onde tiveram a sorte de nascer, dourado à custa de lutas e vidas roubadas.

  3. Quem é o Tavares já a gente sabe: não é por acaso que anda de partidinho em partidinho à procura de vir a ser ministro e quem se mais do que isso…

  4. …que “não resolve um único problema”! Este comunista está a ver-se ao espelho. São estes “tristes” que estão a levar o país para o chafurdo. A esquerdalhada pôs o país neste estado deplorável e já na cauda da Europa. É tempo de abanar com isto.

  5. O snr. Professor Doutor Villaverde Cabral refere que “quem é o Tavares já a gente sabe”.
    Lanento informar que, sendo embora gente (que muito se preza de o ser), não sei do que fala, nem dos “partidinhos”a que aponta, ao referir o Dr, Rui Tavares.
    Seria possível, do alto da sua cátedra, ter a humildade de incluir e “ensinar/esclarecer”, alguém que não é parte integrante da “gente”?
    Agradecida

  6. Snr. Duarte Amorim.
    Estou plenamente convencida de que, por baixo dessa conversa entre o desanimo e a pouca esperança, está alguém mais inteligente do que quer fazer parecer.
    É verdade que a esquerda governa com dinheiro “dos outros”.
    É mentira que a direita governe com o dinheiro ganho às próprias custas.
    É verdade que o SNS já gozou de melhores dias, e isso está, infelizmente, evidente.
    É verdade que o PS – esquerda- não foi justo com os recursos humanos das áreas médicas do serviço público, SNS.
    É mentira que a direita – PR incluído – tenha coroa de santo nessa história.
    Foi por demais evidente após a pandemia e quando se tentava reorganizar os serviços médicos do SNS, todo o boicote que a direita promoveu junto dos médicos e enfermeiros da sua cor, e não tardapran as demissões de equipas em catadupa, bem como as demissões do cumprimento de Hipócrates, que, leviana e paulatinamente foram trocando por ações hipócritas.
    E por aí fora….
    Os STOP, os movimentos zero e outros encapotados, ajudaram à festa em outros setores
    O atual governo não fez tudo certo – não me parece que sejam santos – mas tem evidenciado sem qualquer dúvida, a sua matriz humanista que, por muito que procure, não encontra na direita, por muito que todos eles se esforcem no discurso..
    É tudo uma questão de se debruçar um pouco sobre as práticas do passado-o próximo e o mais distante.
    Deixo-lhe essa sugestão, em jeito de convite.

  7. Xico da CUF, o Rui Tavares não é comunista, é social Democrata de Esquerda, também é Europeísta e de um partido Verde. É um sujeito defensor dos Direitos Humanos. É também um ótimo Historiador e um homem culto. Portugal só tem a ganhar se o LIVRE tiver vários deputados no Parlamento.

  8. O Tovares a única coisa que ele percebe é consertar sapatos. De tanto palrar ficou sem cordas vocais As palavras que ele tenta dizer fazem uma reviravolta na cavidade bucal e dirigem~se para a úvula e o palato. O seus amigos verdes murcharam e ninguém mais se lembra dessa esquerdalha. Tudo quer ser ministro . Até há pessoas com o nome de ministro. Pela qualidade que têm até parece que é uma moda. Não acredito que a montanha possa parir um rato .

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