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Pelo menos 61 mortos em explosão de carro bomba na Somália

Said Yusuf Warsame / EPA

Um carro explodiu num posto de controlo de estrada em Mogadíscio, na Somália. Pelo menos 61 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.

Pelo menos 61 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas, este sábado, após a explosão de um carro num posto de controlo de estrada em Mogadíscio, na concorrida interceção que liga a capital somaliana à localidade de Afgoye, segundo fontes médicas.

O número de vítimas mortais é avançando pela Associated Press e é ainda provisório, segundo o médico Yahye Ismail. O número tem apenas em conta os mortos nos hospitais Erdogan e Maddina, para onde se insta a população a doar sangue.

“Pediu-se a outros pacientes, familiares e inclusive a médicos, enfermeiras e pessoal do hospital que doem sangue com urgência para ajudar as vítimas. A situação é má”, contou Ismail à agência EFE.

Entre os mortos há dois engenheiros de nacionalidade turca, que no momento da explosão realizavam obras na estrada que une Mogadíscio a Afgoye, e vários estudantes universitários que se encontravam dentro de um miniautocarro a atravessar o cruzamento.

O atentado ocorreu às 08h00 locais (05h00 em Lisboa), quando um presumível suicida fez rebentar o veículo perto de uma repartição de impostos, num posto de controlo em cujos arredores havia carros patrulha, estudantes e vendedores de um estimulante vegetal.

As equipas de emergência já estão na zona afetada, de acordo com informações de médicos locais. Até ao momento, nenhum grupo terrorista reivindicou a autoria do sucedido, apesar de o grupo jihadista Al Shabad se ter manifestado contra a construção desta estrada.

Mogadíscio sofre frequentemente atentados do Al Shabad, organização terrorista que se filiou em 2012 na rede internacional Al Qaeda e que controla parte do centro e sul da Somália, onde aspira a instaurar um Estado islâmico de cariz wahabi (ultraconservador).

A Somália vive em estado de conflito e caos desde 1991, quando foi derrubado o ditador Mohamed Siad Barré, o que deixou o país sem governo efetivo e nas mãos de milícias islamitas e senhores da guerra, escreve a agência Efe.

ZAP // Lusa

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