O Departamento da Defesa dos EUA está preocupado com a poluição causada pelas balas usadas nos treinos militares e está assim a apelar à apresentação de propostas biodegradáveis.
Centenas de milhares de cartuchos de bala gastos poluem os campos de treino do exército norte-americano, por todo o mundo.
Estas cápsulas ficam, geralmente, onde caem e como contêm metal e outras substâncias químicas, podem enferrujar e poluir os solos e as águas.
É neste quadro, descrito pelo próprio Departamento da Defesa (DoD) dos EUA, que a entidade apela à apresentação de propostas para o fabrico de balas biodegradáveis, “carregadas com sementes especializadas, para cultivar plantas ambientalmente benéficas que eliminem detritos de munições e contaminantes”.
Estas ideias surgem num anúncio oficial do DoD, divulgado através do site do programa estatal SBIR que financia projectos de inovação em várias áreas.
O anúncio ainda vinca que o Laboratório de Pesquisa e Engenharia do Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA já desenvolveu sementes testadas que podem ser incorporadas num composto biodegradável. Sementes estas que foram bio-programadas “para germinar apenas, depois de terem estado no solo durante vários meses”.
Assim, parte do processo está já desenvolvido e o DoD espera receber ideias para a produção das balas biodegradáveis até 8 de Fevereiro próximo.
Depois de escolhido o candidato ideal, numa primeira fase, “o contratado irá focar-se em fazer rodadas de treino de 40 mm a 120 mm”, destaca o anúncio.
Neste arranque, ainda não se poderá falar bem de balas, estando em causa dispositivos muito robustos, sendo os de 40 mm, os mais pequenos, do tipo granadas. Só na segunda fase é que se vai desenvolver um protótipo e o processo de fabrico. Na terceira fase, decorrerão os testes em instalações militares.
Com a quantidade de tiros que dão, lá vão os EUA transforma-se numa selva. Até porque selvagens já tem 😀
Parece-me um bom princípio. Matam-se meia dúzia de gajos mas em compensação plantam-se algumas árvores para salvar o planeta. Está bem esgalhado.
Ou seja como os EUA conseguem branquear a guerra e torná-la um assunto ecológico e necessário, será?
faz-me lembrar o politicamente correcto:
Na Universidade de Griffith, na Austrália, há um concurso anual sobre a definição mais apropriada para um termo contemporâneo. Um estudante vencedor de um deles escreveu:
“Politicamente correto é uma doutrina, sustentada por uma minoria iludida e sem lógica, que foi rapidamente promovida pelos meios de comunicação (também iludidos e sem lógica) e que sustenta a ideia de que é inteiramente possível pegar num pedaço de merda pelo lado limpo.”