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Excedente não é excesso: o aviso de Carlos César

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Manuel de Almeida / Lusa

O presidente do PS, Carlos César

Presidente do PS espera que o excedente orçamental do ano passado não se transforme num excesso. Pedro Nuno não comentou.

O presidente do PS, Carlos César, fez votos neste sábado de que o excedente orçamental alcançado em 2023, que deverá situar-se entre 1% e 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), “não seja um excesso”.

À chegada ao hotel de Viseu onde está a decorrer a reunião da Comissão Nacional do PS, Carlos César foi questionado pelos jornalistas se a possibilidade de o excedente orçamental superar as estimativas de 0,8% prejudicou o PS, ao não ter respondido às exigências das classes profissionais mais descontentes.

“Tenho dificuldade em responder a isso como presidente do PS. Se eu não fosse, diria apenas que espero que o excedente não seja um excesso”, afirmou, entrando de imediato para o local da reunião.

Portugal deverá ter alcançado, em 2023, um excedente orçamental em torno de 1% do PIB, o melhor saldo registado em democracia, segundo os economistas consultados pela agência Lusa.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga na segunda-feira o saldo orçamental de 2023, bem como uma série de indicadores, que incluem a poupança das famílias.

Segundo os economistas consultados pela Lusa, o excedente em contas nacionais deverá situar-se entre 1% e 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB), superando assim as estimativas de 0,8% inscritas no Orçamento do Estado (OE) para 2024.

Na reunião que hoje se está a realizar em Viseu, será feita “uma avaliação do que correu bem, do que podia ter corrido melhor” e de que forma é que agora o PS se deve colocar no papel que a sociedade eleitoral portuguesa lhe deu, disse Carlos César aos jornalistas.

“Se não tivemos agora boa votação, ou a votação que queríamos, é porque, com certeza, há muitas coisas para aperfeiçoar e é essa procura que nós estamos a fazer”, acrescentou.

No que respeita ao próximo OE, Carlos César disse concordar com o que tem dito o secretário-geral do partido, Pedro Nuno Santos: “De ser praticamente impossível que venhamos a concordar com o Orçamento do Estado, que replicará necessariamente o cenário macroeconómico que a AD apresentou durante a campanha eleitoral”.

“Um cenário cujas previsões e cujas orientações nós temos uma profunda discordância e não atribuímos grande credibilidade”, frisou.

Na sua opinião, “é pouco provável ou pouco possível que a AD apresente um Orçamento do Estado contra o seu próprio cenário macroeconómico”.

Pedro Nuno Santos escusou-se a prestar declarações aos jornalistas antes da reunião.

// Lusa

1 Comment

  1. Excedente criado por uma inflação descontrolada e carga de impostos absurda… Se fosse por crescimento económico gerador de riqueza, emprego e melhoria da qualidade de vida, estariam de parabéns!

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