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Ex-presidente do Peru envolvido no “vacinagate” testou positivo depois de ter sido vacinado

Andrés Valle / EPA / HO

Martin Vizcarra, ex-Presidente do Peru

O ex-presidente do Peru, Martin Vizcarra, testou positivo para o novo coronavírus, seis meses depois de ter beneficiado de vacinação antecipada, que originou um escândalo político.

“Apesar dos cuidados necessários para evitar trazer o vírus para casa, a minha esposa e eu tivemos resultado positivo para a covid-19 e somos sintomáticos. A minha família está a tomar as medidas de isolamento necessárias. Não vamos baixar a guarda”, lê-se numa publicação partilhada na conta oficial de Martin Vizcarra na rede social Twitter.

O contágio ocorreu na semana em que o ex-presidente foi proibido, pelo Congresso, de exercer cargos políticos, por ter sido vacinado indevidamente em outubro com doses da Sinopharm.

Martin Vizcarra não poderá por isso ocupar o lugar de deputado para o qual foi recentemente eleito.

O ex-presidente do Peru, de 58 anos, está envolvido num escândalo batizado “Vacinagate”. Em fevereiro, ficou a saber-se que um grupo de 470 pessoas tinha sido vacinado secretamente contra a covid-19, antes do arranque oficial da campanha de vacinação.

O escândalo levou à demissão da ministra da Saúde, Pilar Mazzettu, e da dos Negócios Estrangeiros, Elizabeth Astete.

Martin Vizcarra nega ter sido vacinado indevidamente. O ex-governante alega que ele, o seu irmão e a sua mulher foram voluntários num ensaio clínico, que aconteceu antes do início oficial da campanha de vacinação.

O Peru enfrenta a segunda vaga da epidemia da covid-19, alimentada por uma variante com origem no Brasil.

O balanço mais recente aponta para um total de 59.400 mortos no país desde o início da pandemia, enquanto o número total de casos é de mais de 1,7 milhões.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.100.659 mortos no mundo, resultantes de mais de 146,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

// Lusa

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