Estado relança alternativa aos Certificados de Aforro com juros indexados à Euribor

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Os juros serão pagos duas vezes por ano, com um investimento mínimo de 1000 euros e a maturidade prevista para julho de 2031. A emissão decorre até dia 15.

Pela primeira vez em sete anos, o Estado português, através da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), vai emitir uma nova série de Obrigações do Tesouro de Rendimento Variável (OTRV), com maturidade prevista para julho de 2031. A emissão decorre entre esta quarta-feira e 15 de julho, com o objetivo de captar até mil milhões de euros junto de investidores particulares.

Estas obrigações oferecem uma remuneração semestral indexada à Euribor a seis meses, acrescida de um prémio fixo de 0,25%. Os juros serão pagos duas vezes por ano, a 18 de janeiro e 18 de julho, permitindo aos subscritores receber rendimentos regulares durante o período de vigência da obrigação, explica o Correio da Manhã.

O investimento mínimo é de 1000 euros, com um limite máximo de um milhão de euros por investidor. Ao contrário dos Certificados de Aforro – cuja série F viu a sua taxa cair este mês para 2,011% –, as OTRV são instrumentos transacionáveis no mercado secundário, sendo admitidas à negociação na Euronext Lisbon a partir de 18 de julho. Esta característica confere-lhes maior liquidez e flexibilidade, permitindo aos investidores vender os títulos antes da maturidade.

Segundo o IGCP, a emissão destas obrigações visa diversificar os instrumentos de dívida pública disponíveis e alargar a base de investidores da República Portuguesa. “As OTRV são criadas com o propósito de impulsionar o mercado de dívida pública, através da diversificação dos instrumentos e canais de distribuição”, refere a entidade no seu comunicado.

A subscrição será feita através de várias instituições bancárias a operar em Portugal, estando sujeita ao pagamento de comissões associadas à negociação, à custódia dos títulos e ao processamento de juros e reembolsos. Os detalhes sobre estas despesas estão descritos no memorando de informação disponibilizado pelo IGCP.

Com esta nova oferta, o Estado procura atrair investidores particulares num contexto de taxas de juro variáveis, oferecendo uma alternativa à tradicional poupança em produtos como os Certificados de Aforro, agora com rendimentos mais modestos.

ZAP //

4 Comments

  1. Depois de taxas, comissões e limitações ( e mais tarde impostos sobre o rendimento de capitais), na volta, ainda se vai emprestar dinheiro à borla ao Estado….

  2. Grande vigarice, chulos dos bancos é que lucram com o negócio! Depois destas comissões e dos impostos sobre os juros ficamos com o quê?

  3. É realmente difícil de compreender as remunerações baixas dos certificados de aforro. O Estado capitalista faz o favor à banca para não pagar o real valor dos juros aos portugueses, a exemplo do que se passa noutros países europeus em que não se vê esta sem vergonhíce..

  4. O estado se quisesse ser correcto, isentava de impostos os juros. Agora, pagam 0,25% acima da Euribor e a seguir cobram imposto sobre o rendimento, coisa que não conseguem fazer se forem diretos ao mercado financiarem-se.

    Enfim…

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