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Ex-presidente do BPP condenado a cinco anos de prisão

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Tiago Petinga / Lusa

O ex-Presidente do BPP, João Rendeiro

O antigo presidente Banco Privado Português (BPP) João Rendeiro foi esta segunda-feira condenado a cinco anos de prisão por falsidade informática e falsificação de documentos. O fundador do banco poderá ver a pena ser suspensa caso pague 400 mil euros à associação Crescer.

O ex-administrador do BPP Paulo Guichard foi, por sua vez condenado a quatro anos e três meses suspensa na sua execução se pagar 25 mil euros à associação Os Anjos, também por falsificação de documentos e falsidade informática.

Tal como nota o Observador, a condenação ocorre mais de quatro anos após a acusação e depois de vários adiamentos da decisão. João Rendeiro, não esteve presença da leitura do acórdão, não tendo, até agora indicado o motivo.

O colapso do BPP, banco vocacionado para a gestão de fortunas, verificou-se em 2010, já depois do caso BPN e antecedendo outros escândalos na banca portuguesa.

O BPP originou ainda outros processos judiciais, um por suspeitas de burla qualificada e outro relacionado com multas aplicadas pelas autoridades de supervisão bancárias.

Nas alegações finais do processo, em meados de janeiro deste ano, o Ministério Público pediu pena de prisão entre sete a nove anos para João Rendeiro.

Defesa admite recorrer da decisão

A defesa do antigo presidente do BPP admitiu nesta segunda-feira que deverá recorrer do acórdão que condenou o ex-banqueiro João Rendeiro a uma pena de cinco anos de prisão.

Embora a pena aplicada a João Rendeiro possa ser suspensa na execução caso este pague 400 mil euros à associação Crescer, conforme determinou a juíza presidente do coletivo que julgou o caso, Emília Costa, a advogada do ex-banqueiro, Joana Fonseca, reconheceu, à saída do tribunal criminal de Lisboa, que a defesa “não está satisfeita” com a decisão, pelo que, em princípio, deverá recorrer.

A advogada assinalou, contudo, que como o acórdão foi lido de uma forma sumária, a defesa de João Rendeiro terá ainda de analisar o acórdão ao pormenor, antes de tomar uma decisão final.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. Neste país quem não tem dinheiro vai preso. Quem tem compra a liberdade com o dinheiro que roubou. Mais uma obra de arte judicial que continua a brincar com a seriedade e honestidade dos pobres. Vivam as penas suspensas!

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