Jorge Pires pediu a desfiliação imediata da militância do Chega após André Ventura ter divulgado a nova diretiva que ameaça com suspensão militantes que critiquem o partido.
André Ventura, assinou uma diretiva que prevê suspensão para “qualquer militante ou dirigente, nacional, distrital ou local, que publicamente, em espaços de imprensa ou redes sociais, de qualquer tipo, denegrir os órgãos do partido, distritais ou nacionais, ou lançar qualquer tipo de consideração sobre os mesmos, mesmo que em defesa própria ou de terceiros”.
No mesmo dia, o ex-líder distrital do Porto pediu o cancelamento da militância do Chega com efeitos imediatos, avança o Expresso. Jorge Pires argumenta não se identificar com o rumo do partido nos últimos meses e diz que “a lei da rolha é intolerável”.
O antigo líder distrital tinha-se demitido da distrital portuense em abril após uma moção de censura da comissão política local. Agora, com a divulgação da nova diretiva de André Ventura que ameaça com suspensão militantes que critiquem o partido nas redes sociais, imprensa e “seja em que contexto for”, Jorge Pires entende que foi a gota de água.
“Num país democrático, a tentativa de unanimismo de opinião e a perseguição a quem se atreve a criticar o rumo negativo que o partido está a tomar é intolerável”, atirou Jorge Pires, admitindo ter sabido por fonte oficiosa que era um dos alvos da diretiva.
“Eu aderi ao Chega por acreditar em André Ventura e no programa de um partido de direita, conservador e que se proponha resolver os problemas reais dos portugueses, sobretudo os mais esquecidos, que vivem no interior do país e se debatem todos os anos com falta de médicos, de professores, de emprego, e são apenas lembrados nas campanhas eleitorais”, confessou o político.
Citado pelo Expresso, Jorge Pires lamenta que André Ventura “dê mais ouvidos a quem faz fretes e não a quem faz críticas construtivas internas”. Ele próprio não é estranho a esse hábito. Em setembro, na última convenção do partido, Jorge Pires criticou o facto de Pacheco Amorim ser membro da Fundação De Paço, quando o partido já se manifestou ser contra fundações.
“Sei que há mais apoiantes de primeira hora do partido que não se revêm nesta forma de fazer política”, salienta o dissidente, referindo-se à diretiva de André Ventura.
O Chega sempre debaixo de fogo pois é o alvo número 1 a abater para Marcelo ganhar com uma margem mais folgada.
Marcelo sempre levado ao colo, é escandaloso realmente!
Para quê?
A continuar assim, o Kim Jong-dois não precisa da lei da rolha. Fica a falar sozinho.