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Ex-diretora de IPSS e marido acusados de fraude

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Mário Cruz / Lusa

A antiga diretora de uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) e o marido foram acusados pelo Ministério Público (MP) do Montijo de terem enganado a Segurança Social sobre o número de utentes a seu cargo para obterem rendimentos avultados.

A notícia é avançada pelo Jornal de Notícias, que adianta que a ex-diretora-geral de uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) sem fins lucrativos e o marido terão montado um esquema fraudulento que enganou a Segurança Social.

Os arguidos estão acusados de crimes de abuso de confiança qualificado, de fraude qualificada contra a Segurança Social, de falsificação e de branqueamento de capitais.

Além de, alegadamente, terem adulterado o número de utentes da IPSS de forma a obter “um aumento indevido da prestação social” que o casal usava em “proveito próprio”, os arguidos “engendraram um plano por forma a conseguirem a transferência de quantias monetárias pertencentes à IPSS para contas bancárias por si movimentadas“.

Segundo o comunicado da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), os dois arguidos obtinham “quantias monetárias que não lhes pertenciam e que haviam sido transferidas de forma fraudulenta, em prejuízo da IPSS”.

A investigação também apurou que os arguidos terão entregue a terceiros outras quantia de dinheiro para “esconder a sua proveniência ilícita”.

“Procederam à movimentação de tais contas, gastando as quantias obtidas em proveito próprio e/ou entregando-as a terceiros, através do levantamento em numerário ou de transferência para outras contas, e procurando esconder a sua proveniência ilícita”, lê-se no comunicado.

O Ministério Público do Montijo pede que os dois arguidos sejam julgados em tribunal coletivo e requereu que fosse declarado perdido a favor do Estado 638.161,21 euros.

Liliana Malainho, ZAP //

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2 Comments

  1. Pois, em Portugal os empresários e os empreendedores são mal tratados, enquanto que nos países desenvolvidos são acarinhados, apoiados e incentivados.
    Nós por cá, em detrimento de empresas, preferimos IPSS, associações, fundações, institutos, agências, centros disto e daquilo. Enfim, preferimos quem rouba milhões à socapa por baixo da aparência de quem não ganha um cêntimo.
    E ainda há quem diga que estes casos são RARÍSSIMAS?!

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