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Ex-deputado russo crítico de Putin foi morto a tiro em Kiev

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O ex-deputado comunista russo Denis Voronenkov foi assassinado nesta quinta-feira a tiros junto a um hotel no centro de Kiev, informou o chefe da Polícia da capital ucraniana, André Krischenko.

Em declarações ao canal de televisão “112.Ukraina”, o chefe policial confirmou que a vítima é o ex-deputado comunista, que em dezembro fugiu para a Ucrânia após ter sido acusado de corrupção pelas autoridades russas.

Na altura, o ex-deputado disse que foi obrigado a sair da Rússia porque estava a ser perseguido pelos serviços de inteligência.

Numa entrevista recente, Voronenkov – que era bastante crítico do Governo de Putin – comparou a Rússia à “Alemanha nazi” e descreveu a anexação da Crimeia como um “erro” e “ilegal”.

O ex-deputado também testemunhou contra o anterior presidente ucraniano Viktor Yanukovych, que foi acusado de traição e terá pedido ao parlamento russo que este aprovasse o envio de tropas russas para o território ucraniano.

O assassinato aconteceu por volta das 11h30 locais (9h30 em Lisboa) em pleno centro da cidade, quando Voronenkov e o seu guarda-costas saíam de um hotel.

Segundo a polícia ucraniana, o autor dos disparos foi ferido pelo guarda-costas, que também foi atingindo no tiroteio. O suspeito já foi detido pelas autoridades, embora a sua identidade ainda não tenha sido revelada.

Petro Poroshenko, o atual Presidente ucraniano, diz que se tratou de um ato de “terrorismo de Estado” orquestrado pelo Kremlin.

“Este assassinato pérfido no centro de Kiev é um ato de terrorismo de Estado por parte da Rússia, que ele tinha abandonado devido às suas convicções políticas”, destacou.

Poroshenko considerou ainda que a morte do ex-deputado e o incêndio num depósito de armas da cidade de Balakliïa, no leste do país – que obrigou à retirada de 20 mil pessoas num raio de cinco quilómetros – não aconteceram no mesmo dia por acaso.

ZAP // EFE

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9 Comments

    • Não é que tenha muita relevância para a notícia, mas parece que em questão de horários há qualquer coisa que não bate certo. A notícia está neste momento a indicar que o acontecimento ocorreu as 11:30 locais (3:30 em Lisboa). Uma vez que a diferença horária é de apenas 2 horas, alguém fez mal as contas. A avaliar pelo comentário anterior, aparenta que a notícia já esteve certa ao indicar o horário em Brasília (que tem diferença de horário de 5 horas em relação a Kiev nesta altura do ano), e que ao corrigir, em vez de somarem 3 horas, subtraíram (Brasília está com -3 horas que Lisboa até ao próximo fim de semana).

      • Pois, mas onde eu quis chegar é que a noticia era para o “mercado” brasileiro, daí a referência à hora em Brasília…
        A preguiça é tanta que nem sequer deu para alterar esse pormenor…

        • Caro “Eu!”,
          A importância que dá ao lapso em causa, numa peça com 10 parágrafos e 1870 caracteres, é de facto “reveladora”.
          Mas diz muito mais acerca de si do que acerca do ZAP, porque nós nunca escondemos que, entre as nossas fontes, usamos agências e parceiros que nos servem conteúdo em pt_BR.
          E com um pouco menos de preguiça, já teria reparado que todas as nossas peças estão assinadas no fim com o nome da fonte e link para a peça original, – e teria percebido que ao encontrar coisas “reveladoras” no ZAP está a descobrir a pólvora.

          • Pois, pois…
            Sim, eu sou preguiçoso!…
            Até porque faz todo sentido que um site de noticias português e para Portugal, faça referência à hora em Brasília!…
            O facto da fonte ser brasileira não desculpa a falta de rigor e de profissionalismo que um pequeno “lapso” como este revela!!
            Na pior da hipóteses, bastava referia apenas o hora local…

      • Caro Mr,
        Obrigado pelo seu reparo, e pela perspicácia com que identificou o lapso. Efectivamente, o editor que corrigiu a referência original deixou a peça pior que o soneto.
        O lapso original tem origem no facto de a peça ter como fonte a agência EFE, cujo serviço nos é fornecido em feeds pt_PT e pt_BR. Ocasionalmente, erramos na transposição para pt_PT.

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