Um antigo banqueiro da Goldman Sachs foi esta quinta-feira condenado a 10 anos de prisão devido ao seu papel num golpe a um fundo da Malásia.
O dinheiro serviu para pagar mil milhões de dólares em subornos que foram usados para financiar festas, um iate, várias casas e até mesmo o filme “O Lobo de Wall Street”.
Ainda assim, Roger Ng nega as acusações de que conspirou para lavar dinheiro e de que violou duas leis anti-suborno, escreve a Fortune.
Os procuradores disseram que Roger Ng e outros arguidos desviaram mais de dois terços dos 6,5 mil milhões de dólares que ajudaram o fundo 1MDB a angariar através da venda de títulos.
Ng foi extraditado para os Estados Unidos em 2019 e está em prisão domiciliar há quatro anos. A sua ideia era regressar à Malásia, onde enfrenta um julgamento à parte.
Os advogados de Roger Ng reconheceram que o golpe foi “talvez o maior roubo da história do mundo”. No entanto, não conseguiram convencer o júri de que o seu cliente era o bode expiatório de duas outros dois arguidos no caso.
Um deles é Tim Leissner, antigo chefe de Ng na Goldman Sachs, que se declarou culpado de subornar funcionários do governo na Malásia e em Abu Dhabi. O outro é conhecido como “Jho Low” e continua em fuga.
Roger Ng argumenta que Leissner denunciou-o para obter clemência na sua própria sentença. Leissner ainda não foi condenado, pagando apenas uma multa de 43,7 milhões de dólares.
Em 2020, a Goldman Sachs reconheceu o seu papel no esquema de peculato e pagou mais de 2,3 mil milhões de dólares como parte de um acordo judicial com os Estados Unidos e mais 3,9 mil milhões ao governo da Malásia.