Os EUA retiraram Cuba da lista de Estados que apoiam o terrorismo, uma decisão que retira mais um obstáculo à normalização das relações bilaterais ao fim de décadas de hostilidade.
“Os Estados Unidos têm preocupações e divergências significativas com um largo espectro de políticas e ações de Cuba”, explicou o Departmento de Estado norte-americano, em comunicado, completando no entanto que estas preocupações “ficam fora dos critérios relevantes para a rescisão da designação de um Estado patrocinador do terrorismo”.
Cuba volta agora a ter acesso ao sistema bancário dos EUA e vê finalmente autorizada a abertura de uma embaixada e facilitada a intensificação do comércio entre estes dois inimigos durante a Guerra Fria.
Em abril, Obama notificou o Congresso da sua “intenção de rescindir” a inclusão de Cuba na lista, que vinha a ser um dos principais obstáculos ao estabelecimento de embaixadas em Washington e Havana. “O Governo de Cuba não deu qualquer apoio ao terrorismo internacional nos últimos seis meses”, escreveu Obama, na sua notificação.
A Casa Branca adiantou que as agências governamentais, incluindo os serviços de informações, concluíram que Cuba deveria ser retirada da lista.
“As circunstâncias mudaram desde 1982. O nosso hemisfério, e o mundo, está muito diferente do que há 33 anos”, declarou o secretário de Estado, John Kerry, em comunicado.
Cuba foi colocada na lista, que inclui Síria, Sudão e Irão, em 1982, por acolher militantes separatistas bascos da ETA e guerrilheiros colombianos das FARC.
EUA e Cuba romperam relações diplomáticas em 1961, o ano em Barack Obama nasceu.
ZAP / Lusa
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