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EUA atingem recorde de 3,3 milhões de pedidos de desemprego numa semana

O aumento de pedidos acontece na sequência do encerramento de várias empresas devido à pandemia de Covid-19. Numa semana, 3,28 milhões de pessoas pediram subsídio de desemprego.

Um número sem precedentes de 3,28 milhões de pessoas pediram na semana passada subsídios de desemprego nos Estados Unidos, face aos 282 mil pedidos registados na semana anterior, informou hoje o Departamento do Trabalho.

O aumento, devido ao encerramento de numerosas atividades em resposta à pandemia de Covid-19, superou o recorde histórico de 695 mil pedidos em 1982.

Nos Estados Unidos, a média semanal de pedidos de subsídio de desemprego é de 217 mil pedidos – um valor mais de 15 vezes inferior ao desta última semana. O pior registo era relativo a outubro de 1982, quando o número de pedidos numa das semanas chegou aos 695 mil, escreve o Público.

Hotelaria e restauração são dos setores mais afetados, mas os efeitos da pandemia também se estão a fazer sentir serviços de saúde e assistência social, cultura, entretenimento e atividades recreativas, assim como transportes, serviço doméstico e indústrias de manufatura.

Mais 100 mortos no Estado de Nova Iorque

O número de mortos pelo novo coronavírus no Estado de Nova Iorque, epicentro da epidemia nos EUA, aumentou fortemente nas últimas 24 horas com mais 100 vítimas, num total de 385 recenseadas desde o início da pandemia, indicou fonte oficial.

Esta manhã, o Estado de Nova Iorque, com cerca de 20 milhões de habitantes, registava 37.000 casos confirmados da covid-19, contra mais de 30.000 na quarta-feira, precisou em conferência de imprensa o governador Andrew Cuomo.

“O que aconteceu foi que as pessoas estavam com um respirador [artificial] nos hospitais”, disse o governador. “Quanto mais ficarem com um respirador, mais aumenta a probabilidade de um desfecho trágico. De momento existem pessoas que estão com um respirador há 20, 30 dias”.

No entanto, repetiu que o Estado possui respiradores suficientes para as necessidades imediatas, mesmo que sejam necessários novos aparelhos em breve. O número de mortos registados nos Estados Unidos pelo novo coronavírus ultrapassou os 1.000 na noite de quarta-feira.

Os EUA, que de início observaram à distância a propagação da epidemia na China e de seguida na Europa, estão perto de ultrapassar a Itália em número de casos motivados pela doença.

O Estado de Nova Iorque concentra atualmente cerca de metade dos casos em todo o território dos Estados Unidos, cerca de 70.000 ao meio-dia de hoje segundo a universidade John Hopkins.

ZAP // Lusa

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