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EUA já têm um salvador para a crise bancária (com um currículo de invejar)

trackrecord / Flickr

Warren Buffett

O bilionário Warren Buffett está em conversações com a equipa de Joe Biden para ajudar os Estados Unidos a recuperar da crise bancária.

Três crises a envolver grandes bancos em pouco mais de uma semana abalaram mercados e despertaram um sinal vermelho entre autoridades monetárias em todo o planeta.

Embora as crises sejam localizadas, qualquer crise num banco tem potencial para contaminar todas as outras instituições financeiras do país ou até no estrangeiro. Isto acontece porque os bancos emprestam dinheiro entre si.

Assim, a queda do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank levou os órgãos reguladores dos Estados Unidos a fecharem o banco e a assumirem o controlo dos depósitos dos clientes. Os reguladores asseguram que vão pagar integralmente os depósitos não protegidos nos bancos falidos.

Com o fantasma da crise de 2008 presente, a administração Biden tomou medidas para garantir todos os depósitos nestes dois bancos. A equipa do Presidente norte-americano está a trabalhar com Warren Buffett para ligar com a crise bancária, avança a Bloomberg.

Na última semana, o administração norte-americana tem estado em conversações com o diretor executivo da Berkshire Hathaway. Conhecido como o “Oráculo de Omaha”, Buffett é considerado o mais bem-sucedido investidor do século XX.

As conversas decorreram quando problemas no banco regional First Republic e no gigante Credit Suisse alimentam a preocupação de contágio económico global.

As chamadas entre Biden e Buffet estiveram relacionados com um potencial investimento do filantropo no setor bancário dos EUA. No entanto, o bilionário deu também conselhos sobre a atual situação. Afinal de contas, Buffett tem um longo historial de intervenção para ajudar bancos em crise.

Em 2008, o empresário assumiu uma participação de 5 mil milhões de dólares no Goldman Sachs, no auge da crise financeira. Além disso, três anos depois, injetou capital no Bank of America após as ações caírem em pique após perdas vinculadas às hipotecas subprime.

No ano passado, as contas da Berkshire Hathaway fecharam com as maiores perdas de sempre: cerca de 22 mil milhões de euros. Os prejuízos estiveram relacionados com a desvalorização de 50 mil milhões de euros dos ativos da carteira da empresa de Buffett, de acordo com o ECO.

Ultimamente, escreve a Forbes, a Berkshire Hathaway intensificou o ritmo de recompra de ações, comprando mais de 1,8 mil milhões de dólares das suas próprias ações só este ano.

ZAP //

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