A Marinha dos Estados Unidos confirmou, esta sexta-feira, que enviou o seu porta-aviões USS Ronald Reagan para as águas perto da península coreana, região que vive uma tensão especial nos últimos meses entre Washington e Coreia do Norte, e onde já se encontra o USS Carl Vinson.
Segundo a agência de notícias japonesa Kyodo, o porta-aviões norte-americano zarpou da base de Yokosuka, no Japão, “para realizar testes prolongados em águas do Japão”.
Num breve comunicado, o Comando do Pacífico (PACOM) dos Estados unidos confirmou que o supercarrier USS Ronald Reagan, cujo porto base é Yokosuka, “iniciou a sua patrulha regular de primavera à volta do Pacífico Ocidental”.
Um porta-voz do Ministério da Defesa da Coreia do Sul confirmou entretanto à Agência EFE que o USS Carl Vinson está actualmente a realizar manobras com a marinha sul-coreana no Mar do Japão.
O comunicado do PACOM não esclarece se os dois porta-aviões de propulsão nuclear estão juntos, sendo que não é habitual que os EUA usem vários navios deste género no “mesmo teatro de operações”.
Por outro lado, uma fonte do governo de Seul disse à agência Yonhap que os dois porta-aviões podem eventualmente realizar manobras conjuntas com as forças da Coreia do Sul no princípio de junho mas o Ministério da Defesa recusou pronunciar-se sobre o assunto.
A expedição parece sublinhar a preocupação do Pentágono sobre a Coreia do Norte, que no último domingo lançou um míssil de médio alcance que apelidou de “teste para transporte ogiva nuclear”, mostrando os avanços de Pyongyang no desenvolvimento de um futuro míssil atómico intercontinental que alcance o território americano.
De acordo com a a Stars & Stripes, a partida do USS Ronald Reagan foi adiada devido a um problema técnico que impediu o super-porta-aviões de zarpar na segunda-feira.
O USS Ronald Reagan, 9º navio da classe Nimitz, é o navio-almirante do 5º Grupo de Ataque da frota da Marinha dos EUA no Pacífico. Com dois reactores nucleares, o navio é capaz de transportar 80 aviões de combate e uma tripulação de até 5500 homens.
ZAP // EFE / Sputnik News