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“EUA cruzaram a linha” ao anunciar intenção de entregar armas letais à Ucrânia

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Vitaliy Ragulin / wikimedia

Tanques T-90 do exército russo

As autoridades russas alertaram hoje que o fortalecimento das capacidades de defesa de Kiev pelos Estados Unidos poderá “fazer novas vítimas” e provocar um “banho de sangue” no leste da Ucrânia.

“Hoje, os Estados Unidos estão a treinar as autoridades ucranianas para um novo banho de sangue”, disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergei Riabkov, num comunicado.

“As armas dos Estados Unidos podem provocar novas vítimas no nosso vizinho“, sublinhou o vice-ministro.

Os Estados Unidos anunciaram, na sexta-feira, que reforçarão a sua assistência em matéria de defesa à Ucrânia, para que Kiev possa garantir a “soberania” de seu território e “construir a sua defesa a longo prazo”.

Riabkov acusou os norte-americanos de encorajarem a retomada do conflito na região de Donbass, no leste da Ucrânia.

“Os revanchistas de Kiev estão a atirar todos os dias em Donbass, não querem realizar negociações de paz e sonham em fazer desaparecer a população indócil, e os Estados Unidos decidiram dar-lhes armas para o fazer”, declarou o vice-ministro.

Outro vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Grigori Karassine, disse que a decisão dos Estados Unidos prejudicaria os esforços para alcançar uma solução política para a Ucrânia.

“Esta decisão prejudica o trabalho de implementação dos acordos de Minsk de 2015″, disse Karassine à agência de notícias russa TASS, referindo-se ao acordo de paz negociado pelos países ocidentais.

Karassine reiterou a posição da Rússia de que as autoridades ucranianas deveriam negociar com os rebeldes através de um “diálogo direto e honesto”.

“Não há outra maneira de resolver o conflito interno ucraniano”, afirmou Grigori Karassine.

Serguei Riabkov, vice-chanceler russo, reiterou que os “EUA de certa forma cruzaram a linha” ao anunciar esta decisão.

De acordo com o canal de televisão ABC, citando quatro funcionários do Departamento de Estado norte-americano, os Estados Unidos previram fornecer mísseis antitanques à Ucrânia, provavelmente incluindo o sistema avançado Javelin.

O conflito, que se iniciou em 2014, já provocou 10 mil mortos. Kiev e os países ocidentais acusam a Rússia de apoiar os rebeldes separatistas, inclusivamente fornecendo-lhes armas, o que Moscovo nega categoricamente.

ZAP // Lusa

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7 Comments

      • O problema caro senhor, é a falta de informação e a desinformação dos media ocidentais. Está bem claro que a Ucrânia é neste momento dominada por membros da extrema direita Neo Nazis e basta algum Ucraniano mostrar algum tipo de simpatia pela Rússia ou antiga União Soviética para que se justifiquem assassínios em massa, tudo isto em prol de uma bandeira e com a conivência da América e dos seus Euro Capangas Aliados. A verdade nunca é clara e raramente é como nos é mostrada na televisão ou nos jornais.

  1. A Rússia deve responder na mesma moeda,ou seja, deve dar meios para que a população do dumbass, contraponha os meios fornecidos pelos EUA. E a Rússia deve começar a armar os países amigos, colocar mísseis em Cuba, Venezuela e outros países espalhados pela América latina.

    • Exatamente, os russos não têm moral nenhuma para falar… Em pleno século XXI ocuparam um território soberano que não lhes pertencia…
      Por isso é bom que a Ucrânia se consiga defender antes que a Rússia tente mais alguma coisa…

  2. Neste caso os russos nada têm que proteger e armar os rebeldes nesta região que parecem ser russos na sua maioria, quem não quiser respeitar as leis ucranianas simplesmente deve pegar nas malas e partir para o outro lado da fronteira, mas o que se está a passar aqui o mesmo se passou com os europeus a apoiarem os kosovares albaneses na Sérvia e a sacaram essa região à Sérvia oferecendo-a aos muçulmanos albaneses que neste caso também se não estavam bem o que teriam a fazer era atravessarem a fronteira e instalarem-se na Albânia seu país de origem, todos comentem asneiras e grosseiras e neste caso os russos como já foi com o caso da Crimeia parecem está-lo a fazer por vingança e desta forma a paz no planeta parece estar sempre sob ameaça.

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