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Serviços de informação dos EUA suspeitam que Coreia do Norte está a construir novos mísseis

Kevin Lim / The Straits Times / EPA

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e o Presidente do EUA, Donald Trump

As agências de espionagem norte-americanas suspeitam que a Coreia do Norte pode estar a construir novos mísseis, nem dois meses depois da cimeira histórica entre Donald Trump e Kim Jong-un.

De acordo com o The Washington Post, as agências de espionagem norte-americanas detetaram sinais suspeitos que fazem com que haja uma desconfiança em relação à Coreia do Norte que, segundo fontes próximas dos serviços secretos, pode mesmo estar a construir novos mísseis numa fábrica onde foram produzidos os primeiros mísseis balísticos intercontinentais.

Foram imagens dessa fábrica que deram aos agentes secretos norte-americanos a convicção de que a Coreia pode estar ainda a trabalhar no seu programa de mísseis balísticos, nem dois meses após a cimeira histórica entre Donald Trump e Kim Jong-un.

“Evidências recentes, incluindo imagens de satélite nas últimas semanas, indicam que estão a trabalhar em pelo menos um, talvez até dois mísseis intercontinentais, em Sanumdong, perto de Pyongyang”, escreve o jornal, citando responsáveis dos serviços de informação, sob anonimato.

Nas imagens de satélite, conta o Observador, é possível ver um veículo vermelho no pátio interno, muito semelhante aos usados pela Coreia do Norte para transportar mísseis.

“Esta nova informação não sugere um aumento nas capacidades da Coreia do Norte, mas mostra que o desenvolvimento de armamento continua várias semanas depois do presidente Trump ter escrito no Twitter que Pyongyang ‘não é mais uma ameaça nuclear'”, escreve o The Washington Post.

Mike Pompeo, chefe da diplomacia norte-americana, já tinha admitido numa audiência no Congresso que Pyongyang ainda produzia materiais nucleares, seis semanas após a reunião histórica entre Trump e Kim Jong-Un.

Também imagens de satélite captadas no dia 21 de junho revelaram modificações no complexo nuclear da Coreia do Norte, como a existência de um novo sistema secundário para arrefecer o reator da principal central nuclear e novas instalações cujo objetivo é ainda desconhecido.

Estas revelações surgem nem dois meses depois da cimeira histórica entre Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos, e Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte, na qual assinaram um acordo que previa o caminho para a desnuclearização da península da Coreia. Algo que parece não estar a acontecer.

Esta terça-feira, generais da Coreia do Norte e da Coreia do Sul reúnem-se com o objetivo de discutirem formas de reduzir armamento e presença militar junto à fronteira entre os dois países.

A reunião, que decorre na cidade fronteiriça de Panmunjom, segundo o Ministério da Defesa da Coreia do Sul, acontece quatro dias depois da Coreia do Norte ter devolvido aos EUA os restos mortais de soldados norte-americanos que tinham sido dados como desaparecidos durante a guerra que decorreu na península coreana entre 1950 e 1953.

ZAP // Lusa

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