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EUA apertam cerco ao Presidente das Honduras devido a droga e subornos

presidenciaecuador / Flickr

Juan Orlando Hernandez, Presidente das Honduras

A justiça norte-americana tem apertado o cerco à volta do Presidente das Honduras, Juan Orlando Hernández, cujo irmão – Juan Antonio, conhecido por Tony – arrisca a prisão perpétua após ter sido condenado por tráfico de droga e venda de armas, em outubro de 2019.

De acordo com o Diário de Notícias, Tony, de 42 anos, conhece esta terça-feira a sentença. “O arguido era um congressista hondurenho que, junto com o irmão Juan Orlando Hernández, desempenhou um papel de liderança numa violenta conspiração de tráfico de droga, patrocinada pelo Estado”, alegam os procuradores, que pedem ainda o pagamento de quase 140 milhões de dólares.

Tony foi condenado por transportar 185 mil quilos de cocaína para os Estados Unidos (EUA) ao longo de 15 anos, além de servir de intermediário ao pagamento de subornos a políticos do Partido Nacional.

Este mês, dois antigos líderes do cartel Los Cachiros testemunharam no julgamento do narcotraficante Geovanny Fuentes Ramírez, também em Nova Iorque, que Hernández recebeu subornos em 2012, altura em que este estava à frente do Congresso Nacional e concorria às primárias do Partido Nacional para ser candidato às presidenciais de 2013.

Hernández, aliado de Washington no combate à imigração ilegal, negou as acusações, afirmando que está a ser incriminado por dois informadores da agência antidrogas norte-americana que tentam reduzir a sua própria sentença. As autoridades norte-americanas já indicaram, no entanto, que está a ser investigado.

Taísa Pagno //

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