EUA ajudaram a afundar Moskva e a matar generais russos (e é um perigo dizê-lo)

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As secretas dos EUA foram fundamentais para a morte de vários generais russos na Ucrânia, bem como para o afundamento do Moskva no Mar Negro, num momento de grande humilhação para a Rússia. E estas notícias são perigosas porque podem “provocar Putin”.

Nesta semana, vários jornais dos EUA noticiaram que as secretas do país têm tido uma intervenção decisiva na guerra na Ucrânia. Assim, terão sido fundamentais na morte de vários generais da Rússia que combatiam na Ucrânia, passando informações importantes às forças ucranianas.

O New York Times e o Washington Post também avançaram que os EUA ajudaram a Ucrânia a atingir o navio russo Moskva com mísseis, no passado mês de Abril. Aquele que era o “ponta de lança” da armada russa acabou por se afundar, tornando-se no maior navio russo naufragado desde a Segunda Guerra Mundial.

Este desaparecimento do Moskva, bem como a mortes dos generais russos, foram “humilhações históricas para Moscovo e para Vladimir Putin”, como repara o jornal britânico The Guardian. Assim, estas notícias sobre o envolvimento das secretas norte-americanas podem ter efeitos muito perigosos.

O antigo agente da CIA, Paul Pillar considera que é “imprudente” deixar transparecer essa informação para a imprensa. “Estou surpreendido com a extensão da confirmação oficial do papel da inteligência dos EUA no naufrágio, e ainda mais no assassinato dos generais”, constata citado pelo The Guardian.

Pillar receia que estas informações possam “provocar a escalada de Putin de uma maneira que ele próprio não acharia necessário”.

Além disso, “é desrespeitoso para com os ucranianos”, considera outro ex-agente da CIA, John Sipher, que trabalhou de forma clandestina para a agência durante 28 anos, incluindo em Moscovo. Está a tirar mérito “às pessoas que estão realmente no terreno, que estão a aproveitar a inteligência, que estão a colectar a sua própria inteligência, que estão a lutar dia e noite“, refere também citado pelo The Guardian.

“Putin percebe como o jogo é jogado”

Contudo, Sipher acredita que estas notícias não mudarão em nada a estratégia russa.

Putin percebe como o jogo é jogado. Ele consegue inteligência para tentar matar americanos se a situação for revertida, como fez no Afeganistão e em outros lugares. Os russos passaram anos a atacar-nos com guerra cibernética e desinformação“, nota.

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, já salientou que os EUA não são “a única fonte de inteligência e informação para os ucranianos”. “Eles também obtêm inteligência de outras nações e têm uma capacidade de recolha de informação bastante robusta”, apontou aos jornalistas.

Lutam nesta guerra contra a Rússia há oito anos. Não é como se estivessem completamente cegos quanto à forma como a Rússia se organiza e como se comporta no campo de batalha”, salientou ainda.

A Casa Branca chegou a negar o envolvimento norte-americano nas mortes dos generais russos, mas admitiu que as secretas do país partilham informação com as forças ucranianas.

Biden aprova apoio militar de 310 milhões à Ucrânia

O presidente dos EUA, Joe Biden, assinou, na sexta-feira, um memorando a autorizar o envio de até 350 milhões de dólares (310,5 milhões de euros) em apoio militar de emergência a Kiev.

Este pacote de ajuda inclui “itens e serviços de defesa”, nomeadamente educação e treino militar.

No entanto, o memorando não esclarece quando é que o apoio militar poderá chegar à Ucrânia.

O anúncio surgiu depois de uma conversa telefónica de 40 minutos entre Biden e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para discutir ajuda militar às forças de Kiev e sanções à Rússia.

ZAP // Lusa

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18 Comments

  1. Bem, esta parce cada vez mais uma guerra por procuração (via Ucânia) entre os EUA e a Rússia, daí a organizar planos para atacar uma fragat russa ou assassinar um grupo de generais foi só mais um passo perigoso e desnecessário dos EUA. A partir daqui se algum grupo terrorista dos muitos que há a nível mundial conseguir, com a ajuda da “inteligência” russa, afundar um navio dos EUA o que vai acontecer?

    • A prova de que Não é uma “guerra por procuração” está no início da mesma. A primeira coisa que Biden fez foi oferecer a Zelensky uma opção de fuga. Zelensky respondeu que não queria boleia, queria armas.
      Foi a Ucrânia que decidiu lutar para se defender. E pediu ajuda. E muita gente, humanamente, colocou-se do lado do agredido e avançou para o ajudar.

      • Quer que informe aqui a quantidade de Paises invadidos pelos Americanos e outros que queriam invadir e correu Mal assim como as Mortes que causaram?

  2. Normalmente falar demais causa problemas desnecessários! Há que ter em conta a imoralidade do inimigo e de todas as atrocidades que tem provocado na Ucrânia devastando vidas e bens tudo a eito!

  3. Bem, o que eu constato é que hoje há um esforço mundial para alimentar a guerra. Á exceção de António Guterres, não vejo nenhum esforço global para conseguir a paz. Há e vai haver muita gente a ganhar com isto, mas, quem se lixa são sempre os mesmos, os que foram empurrados para os “cornos do touro”… Tanto do lado Ucraniano como Russo, existem dezenas de milhares de pais sem filhos, de filhos órfâos, de esposas sem marido… A imprensa só mostra o lado Ucraniano, mas, acredito que do lado Russo a desgraça humana não é menor. Enfim… temos isto entregue a gente profundamente incompetente!

    • Não é “um esforço mundial para alimentar a guerra”. É “um esforço mundial para ajudar a Ucrânia a se defender”, sendo que a decisão de combater ou capitular é exclusivamente Ucraniana.
      A única coisa que alimenta a guerra é a presença de tropa Russa na Ucrânia. Assim que os Russos tirarem as patas da terra dos outros, a guerra acaba.

  4. E bem!
    Enquanto for para proteger inocentes de loucos sanguinário, terão o apoio do todos os seres humanos dignos desse nome.

  5. Qual é o problema de matar generais……..se fossem só soldaditos já não lhe davam enfâse. Generais e soldados são todos a mesma coisa, são gente. Lá por serem generais íam ser poupados…..

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