O Governo de António Costa quer replicar o que já se faz na Estónia e avançar com um programa de e-residency – um programa de residência digital para empreendedores.
Esta residência virtual vai permitir que um cidadão estrangeiro possa lançar e gerir uma empresa em Portugal, independentemente de onde se encontra no mundo. Não precisa de viver no país, porque pode fazer tudo online.
Na Estónia, segundo explica o Observador, este programa permite que os empreendedores possam gerir os seus negócios completamente online, através de uma identidade digital. Em Portugal, o programa surge como uma das novidades para a segunda fase de implementação da Estratégia Nacional para o Empreendedorismo (Startup Portugal +), estratégia criada pelo ex-secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, em 2016.
“A transição digital surge como o processo de transformação, adaptação e resposta ao impacto da tecnologia na vida das pessoas, do País e das organizações, públicas e privadas. Neste quadro, a capacitação digital das pessoas é um imperativo de resposta ao impacto que a digitalização pode ter na vida de cada indivíduo, implicando uma abordagem integrada que assegure medidas diferenciadas em função do ciclo de vida dos cidadãos, dos mais preparados aos mais vulneráveis”, lê-se no documento, citado pelo Observador.
Além desta, o Governo quer reforçar programas como o Startup Visa (programa de acolhimento de estrangeiros empreendedores), Tech Visa (atração de quadros qualificados para residirem no país), Startup Voucher (bolsa mensal para jovens entre os 18 e 35 anos desenvolverem negócios), Road 2 Web Summit, continuar a desenvolver a Rede Nacional de Incubadoras e captar uma grande programa de aceleração, com impacto internacional, “que consolide Portugal como um polo de empreendedorismo na Europa.”
O Programa Indústria 4.0 também vai contar com a segunda fase de implementação, para continuar com o objetivo de transformar digitalmente as pequenas e médias empresas (PME) e o tecido empresarial português.
O Governo quer introduzir competências digitais no ensino básico e secundário e que estejam disponíveis equipamentos e ferramentas digitais ao nível de cada escola e estudante. Além disso, quer investir na capacitação digital dos professores e gestores de escola.
O Governo também quer introduzir o conceito do Transformador Digital em todas as organizações.