Os trabalhadores do Porto de Setúbal aprovaram o acordo que vai pôr fim à greve às horas extraordinárias e também ao impasse na Autoeuropa, avança o jornal Público esta sexta-feira.
Os estivadores chegaram a acordo com os operadores portuários para a integração de 56 trabalhadores no Porto Setúbal. A notícia foi avançada à Lusa pelos estivadores desta estrutura portuária.
As mesmas fontes confirmaram que o acordo já foi aprovado pelos trabalhadores eventuais que se recusavam a apresentar-se ao trabalho desde o dia 5 novembro.
Depois de uma ameaça de uma paragem forçada na fábrica de Palmela, o Público avança que os trabalhadores do Porto de Setúbal aprovaram o acordo que vai pôr fim à greve às horas extraordinárias e ao impasse na Autoeuropa. O acordo foi confirmado pelo matutino junto dos trabalhadores e junto do gabinete da ministra do Mar.
Assim, de acordo com o jornal, os estivadores de Setúbal aprovaram o regresso às horas extraordinárias já na próxima segunda-feira. Em greve desde dia 5 de novembro, o Governo terá dado, nas últimas horas, garantias aos representantes sindicais de que vai ajudar a encontrar uma solução para o diferendo dos trabalhadores efetivos, que representam 10% dos estivadores naquele porto.
Os termos da proposta levada a votação nesta sexta-feira indicavam que a greve deverá, no entanto, manter-se no Porto de Leixões, o que não afetaria o escoamento dos carros da Autoeuropa. Segundo o Público, isto significa que o acordo fechado desde 30 de novembro, para a contratação de 56 trabalhadores eventuais, pode avançar.
Assim, neste novo cenário, fica resolvida a situação que estava a afligir a administração da Autoeuropa, o Governo e a casa-mãe da Volkswagen, na Alemanha.
Os trabalhadores continuavam a trabalhar normalmente, mas foram alertados para a possibilidade de serem forçados a parar “por tempo indeterminado”, porque na sede da Volkswagen, em Wolfsburgo, se começou a questionar o envio de motores para Portugal, tendo em conta que a produção não estava a ser escoada.
Nas últimas horas, viveram-se horas de grande ansiedade em Palmela, temendo-se uma paragem forçada por tempo indeterminado. “Estamos todos na expectativa em relação ao que a ministra vai anunciar”, disse ao jornal um dos representantes dos trabalhadores.
O porto de Setúbal está praticamente parado há mais de um mês devido à recusa dos estivadores eventuais em se apresentarem ao trabalho, em protesto contra a situação de precariedade em que se encontram, alguns há mais de 20 anos.
Os estivadores eventuais, sem contrato de trabalho e sem quaisquer regalias, além do salário que recebem por cada turno realizado, representam a maioria da mão-de-obra disponível no porto de Setúbal, pelo que a recusa em se apresentarem ao trabalho tem inviabilizado a operação de movimentação de cargas.
“Dia extremamente importante para o Porto de Setúbal”
“É um dia extremamente importante para o Porto de Setúbal e naturalmente para a economia portuguesa, mas acima de tudo para todos os trabalhadores do Porto de Setúbal”, afirmou a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, resumindo o acordo assinado entre o Governo e os trabalhadores do Porto de Setúbal.
O acordo, assinado durante a conferência, põe fim à greve às horas extraordinárias. A ministra do Mar anunciou ainda a contratação imediata de 56 trabalhadores, bem como a contratação a curto prazo de mais dez trabalhadores.
Esta negociação não foi feita “sob pressão”, disse a ministra, adiantando que “todos os dias foram conseguidas pequenas conquistas”. “Tudo é para ser resolvido tão depressa quanto possível e tão devagar quão necessário.”
ZAP // Lusa
Deixaram de ter quem lhes financiasse os dias de Greve?
È como as Srs enfermeiras/os, já tem um plafond que dá quase para 1 ano de greve. Quem será que está a financiar esta gentinha?
O que devia de acontecer era terem familiares muito próximos que necessitassem de ser operados e por causa da greve dos Srs enfermeiras/os, não sobrevivessem. Claro que os familiares não tem culpa, mas tb as pessoas que estão a morrer por culpa da greve não tem culpa.
Que fiquem com um grande peso na consciência se é que a têm. Penso que a Srª Bastonária não deve ter ao vir para a televisão gabar-se das cirurgias adiadas e do mal que está a causar aos portugueses
Quanto a mim o que eles vão pôr é fim às empresas naquela região do país, a história deve estar prestes a repetir-se a não ser que haja empresários com pachorra para aturar tanta irresponsabilidade o que não me parece pois as exigências de mercado não se compadecem com tais argumentos.