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EUA com 55 mil infetados em 24 horas. Nova Iorque continua a desconfinar

Justin Lane / EPA

Nova Iorque é o epicentro da pandemia de covid-19 nos EUA

Os Estados Unidos registaram 54.999 infetados por covid-19 nas últimas 24 horas e elevou o total de casos confirmados para 2.931.142, de acordo com um balanço da Universidade Johns Hopkins.

O país contabiliza 130.248 óbitos desde o início da pandemia, segundo o balanço realizado às 20:00 de segunda (01:00 de hoje em Lisboa), pela agência de notícias EFE.

No período em análise morrerem 357 pessoas.

O número de casos diários excedeu novamente os 50.000 como resultado do surto de infeções nos estados do sul e oeste, como Florida, Texas, Califórnia, Arizona, Geórgia e Carolina do Norte e Carolina do Sul.

Contudo, Nova Iorque continua a ser o estado mais fortemente afetado pelo coronavírus nos Estados Unidos, com 397.649 casos confirmados e 32.219 mortes, um número apenas inferior ao do Brasil, Reino Unido e Itália. Segue-se Nova Jersey, com 15.229 mortos, Massachusetts, com 8.198, e Illinois, com 7.026.

Nova Iorque, recorde-se, é também a cidade mais populosa dos Estados Unidos.

Outros estados com um grande número de mortes são a Pensilvânia (6.754), Califórnia (6.427), Michigan (6.221) Connecticut (4.335). Os Estados Unidos são o país no mundo com mais mortos e mais casos de infeção confirmados.

O Instituto de Métricas e Avaliações em Saúde da Universidade de Washington, cujos modelos para a evolução da pandemia são frequentemente utilizados pela Casa Branca, estima que o país chegue a outubro com cerca de 175 mil mortes.

Nova Iorque continua a desconfinar

Apesar dos números, a cidade de Nova Iorque entrou na terceira fase de desconfinamento que, segundo as autoridades, permitirá a 50 mil trabalhadores regressarem ao trabalho, enquanto se intensifica o debate sobre a escalada da violência.

Com a entrada da terceira fase de recuperação económica, e o regresso à vida social, a Big Apple permitirá a partir desta terça-feira o funcionamento de salões de estética e casas de massagem, assim como a abertura de salas de tatuagem e a prática de jogos de equipa, que estavam até agora proibidos.

O presidente da câmara, Bill de Blasio, numa conferência de imprensa, frisou que os restaurantes não poderão servir refeições no interior, como previsto, e terão de continuar a concentrar a sua atividade exclusivamente em esplanadas.

Blasio insistiu que a abertura dos espaços no interior de restaurantes noutros estados do país favoreceu a propagação da covid-19 e sublinhou que, por enquanto, esta prática continuará a ser proibida na cidade, por razões de saúde.

Paralelamente à crise sanitária e económica, as estatísticas policiais dos primeiros cinco meses de 2020 mostraram um aumento de 79,1% nos homicídios e um aumento de 64% nos tiroteios. Estes números continuaram a aumentar em junho e estão a preocupar cada vez mais as autoridades, divididas quanto às causas deste aumento.

No último fim de semana registaram-se 11 homicídios e 30 tiroteios na cidade.

“Este fim de semana assistimos a demasiada violência e temos de fazer muito trabalho para resolver este problema, que está relacionado com todo o desenrolar dos últimos quatro meses devido ao novo coronavírus”, disse de Blasio, referindo a paralisação do sistema judicial, a crise e o facto de as pessoas terem estado “confinadas durante meses”.

Segundo o presidente da câmara, o problema afeta principalmente a parte norte de Manhattan e, especificamente, o bairro do Harlem.

ZAP //

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