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Estado Islâmico afirma ter decapitado refém norte-americano Peter Kassig

O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou a decapitação de um refém americano raptado na Síria em 2013, Peter Kassig, e de pelo menos quinze homens apresentados como sendo soldados sírios, num vídeo divulgado hoje.

O vídeo divulgado pelo EI, cuja veracidade ainda não foi confirmada, mostra os jihadistas e soldados sírios a marchar aos pares, uns atrás dos outros, após o que os jihadistas usam uma longa faca para atirar as vítimas ao chão e as decapitar.

No mesmo vídeo, o Estado Islâmico reivindica a execução por decapitação do americano Peter Kassig, de 26 anos, ex-soldado no Iraque, capturado na Síria há um ano, quando se dirigia para o leste da Síria em trabalho humanitário da Resposta Especial de Emergência, organização humanitária fundada em 2012 pelo jovem activista, que se tinha convertido ao islão com o nome de Abdul-Rahman Kassig.

No vídeo hoje divulgado, ao contrário dos anteriores vídeos do EI, a vítima não faz declarações.

“Este é Peter Edwards Kassig, um cidadão norte-americano do teu país, que combateu contra os muçulmanos no Iraque enquanto servia o exército americano. Não tem muito para dizer, os companheiros de cela já disseram tudo por ele”, diz um jihadista com o rosto coberto, de sotaque britânico, e que será o mesmo que terá morto James Foley e Steven Sotloff.

Acusado pela ONU de crimes contra a humanidade, o grupo EI é responsável por terríveis atrocidades, nas vastas regiões conquistadas na Síria e no Iraque, incluindo execuções, sequestros, violações e limpeza étnica.

David Cameron horrorizado com decapitação

O primeiro-ministro britanico, David Cameron, mostrou-se horrorizado pela “morte a sangue frio” do refém norte-americano.

“O Estado Islâmico demonstrou mais uma vez toda a sua perversidade. Os meus pensamentos estão com a sua família”, escreveu David Cameron na sua conta do Twitter.

Também o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, já se manifestou, classificando como um “novo ato de barbárie” a morte do refém norte-americano.

Em comunicado, Manuel Valls “condena com toda a firmeza este novo ato de barbárie”, considerando que “esta atuação reforça a determinação da França em agir contra o EI no Iraque e na Síria”.

Peter Kassig é o terceiro refém americano cuja decapitação foi reivindicada pelo EI, depois de James Foley e Steven Sotloff.

Dois outros britânicos, Alan Henning, voluntário humanitário, e David Haines, trabalhador humanitário, sofreram o mesmo destino.

Todos eles foram sequestrados na Síria, país em guerra há mais de três anos.

ZAP / Lusa

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