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Estado compra coleção de arte do BPN por 5 milhões de euros

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António Cotrim / Lusa

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, anunciou esta segunda-feira que o Estado comprou a coleção de arte do ex-BPN por 5 milhões de euros. Esta irá ser fixada em Coimbra.

Em entrevista ao Observador, a ministra da Cultura, Graça Fonseca, anunciou que o Estado acabou de comprar a coleção de arte do BPN por 5 milhões de euros. “O Estado acaba de comprar a coleção de arte do BPN por cinco milhões de euros, que irá para Coimbra“, revelou.

As 196 obras de arte estavam sem destino desde a nacionalização do antigo Banco Português de Negócios, em 2008. A coleção está avaliada entre 4,1 milhões de euros e 6,1 milhões de euros e estava, até agora, a ser gerida pela Parups e pela Parvalorem – empresas criadas para gerir os ativos e recuperar os créditos do BPN.

A coleção conta não só com obras de artistas nacionais, mas também internacionais, principalmente do século XX. Os relatórios e contas das empresas mostram que as 40 obras de artistas estrangeiros tinham um valor estimado de 1 milhão de euros. Por sua vez, as 156 obras portuguesas foram avaliadas, no mínimo, em cerca de 3 milhões de euros.

Paula Rego, Amadeo de Souza-Cardoso, Mário Cesariny, Rui Chafes, Eduardo Batarda e António Dacosta são alguns dos artistas nacionais que contam com obras neste acervo. Entre outros, estão ainda João Pedro Vale, Pedro Calapez, Carlos Calvet, Vasco Araújo, Joaquim Rodrigo, Ana Vidigal, Eduardo Nery, João Penalva, Fernando Calhau, João Vieira, Nadir Afonso, Eduardo Batarda, António Sena, José Pedro Croft, Nikias Skapinakis, João Penalva, Pedro Casqueiro, Jorge Martins e Carlos Calve.

A decisão de comprar a coleção surge após, em 2015, se ter divulgado publicamente a intenção de vender as obras em leilão. O dinheiro conseguido serviria para abater parte dos créditos do banco. Todavia, a medida acabou por não seguir em frente.

Nesse mesmo ano, a Secretaria de Estado da Cultura equacionou a compra de 46 obras de artistas portugueses, mas esta ideia também acabou por não avançar. Foi ainda desta acervo que derivou a polémica com a Coleção Miró, tendo-se considerado vendê-la no estrangeiro.

ZAP //

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