A terceira edição do Programa de Estágios Profissionais na Administração Pública Central (PEPAC) arranca nesta terça-feira, 7 de Julho. São 1437 vagas que, contudo, não garantem aos estagiários qualquer garantia de emprego.
Esta nova vaga de estágios para jovens com formação superior oferece possibilidades particularmente nas áreas da Justiça e da Segurança Social. Mas o programa “não prevê qualquer contratação após a realização do estágio“, avisa uma fonte do INA – Direção-Geral da Qualificação dos Trabalhadores em funções públicas em declarações ao Dinheiro Vivo.
“Pode conceder apenas uma valorização caso o ex-estagiário tente concorrer posteriormente a um concurso externo”, explica a mesma fonte na referida publicação.
Uma situação que suscita muitas críticas dos Sindicatos da Administração Pública, nomeadamente de José Abraão da Fesap/Sintap.
“É inaceitável ver o Estado a dar um exemplo tão mau. Fizeram várias rescisões por mútuo acordo, colocaram centenas de trabalhadores na mobilidade especial, cortaram reposições, e agora, a três meses das eleições, recorrem a mão-de-obra barata para ocultar as faltas de pessoal”, critica o sindicalista ouvido pelo Dinheiro Vivo.
Na mesma publicação, Ana Avoila, da Frente Comum, destaca que “o governo segue uma má prática já implementada há muitos anos no sector privado, quando devia dar o bom exemplo”.
De acordo com as expectativas dos Sindicatos, menos de 20% dos jovens envolvidos nestes estágios devem conseguir entrar para a Administração Pública.
As candidaturas ao PEPAC estão abertas durante os próximos 10 dias e os resultados das mesmas serão conhecidos a 21 de Setembro próximo.
Os estágios de 12 meses iniciam-se a 1 de Outubro e têm uma bolsa de 691,70 euros, mais um subsídio de refeição.
ZAP