O Bloco de Esquerda, o PCP e o Livre divulgaram comunicados a manifestar o seu repúdio pelo encontro de organizações de extrema-direita em Lisboa.
No comunicado do Bloco de Esquerda, os bloquistas deixam claro que o partido “repudia a realização desta reunião” e consideram que “deve ser impedida pelas autoridades, pois visa promover organizações cujos membros se distinguem no apelo à violência racista“.
“Portugal é uma democracia fundada no direito à liberdade e segurança de todas as pessoas. Por isso mesmo, a Constituição da República Portuguesa condena toda e qualquer discriminação, a promoção do ódio e da violência e proíbe organizacões racistas ou que perfilhem a ideologia fascista“, pode ler-se.
“É público que a conferência juntará em Lisboa organizações de ideologia fascista e neonazi de Espanha, Bulgária, Itália, Franca, Alemanha e Polónia, e é promovida também pelo movimento Nova Ordem Social, liderado por Mário Machado, neonazi já condenado por vários crimes de ódio e discriminação racial, coação agravada, danos e ofensa à integridade física qualificada, ameaça e coação e posse ilegal de armas de fogo”.
O Bloco afirma ainda que vai marcar presença na concentração antifascista marcada para sábado às 13h00, em protesto contra a realização desta reunião. Aos bloquistas também se junta o partido Livre que, no mesmo dia, apelou em comunicado para que todos se juntem a esta manifestação, “rejeitando publicamente a normalização nas nossas sociedades do discurso de ódio”.
O partido criticou as autoridades por não travarem “a realização da conferência, não obstante a Constituição e as leis da República Portuguesa proibirem a existência de organizações de cariz fascistas”.
“O avanço da extrema-direita na Europa e no mundo é um tema que tem preocupado o Livre que tem alertado para os perigos da normalização do discurso xenófobo, racista, machista e homofóbico”, lê-se na nota.
Esta quarta-feira, o PCP veio também repudiar a mesma iniciativa. O Partido Comunista descreve a conferência promovida pela Nova Ordem Social como “uma ofensa aos que durante décadas se bateram pela liberdade e a democracia”, sobretudo “no ano em que se comemoram os 45 anos da Revolução de Abril”.
“O PCP, repudiando tal iniciativa, sublinha os valores progressistas constantes na Constituição da República de rejeição do racismo e xenofobia e de estruturas que perfilhem a ideologia fascista”, lê-se ainda na publicação do partido no Facebook.
Os organizadores da conferência nacionalista só pretendem divulgar o local do seu evento, marcado para as 14h00, no próprio dia pelas 09h00, segundo a página do fórum do movimento Nova Ordem Social.
Já foi confirmada a presença de representantes de sete partidos e movimentos europeus de extrema-direita. Para além de Mário Machado, Josele Sanchez (Espanha), Adrianna Gasiorek (Polónia), Blagovest Asenov (Bulgária), Francesca Rizzi (Itália), Mattias Deyda (Alemanha) e Yvan Benedetti (França).
Fonte policial adiantou há cerca de uma semana à Lusa que o Serviço de Informações de Segurança (SIS) está a acompanhar “muito de perto” a conferência nacionalista.
Qualquer Cidadão com um pouco de bom senso mesmo sendo apartidário, repudia veemente este tipo de extremismo Neo-Nazi. Não necessariamente e só a “esquerda unida”.
Sempre é melhor a extrema-direita que os comunas corruptos e os bloco de esterco!!