Jovens militantes apanhados em hinos ao fascismo e ao terrorismo de extrema-direita. Giorgia Meloni já reagiu.
Para Giorgia Meloni, são “os melhores jovens”, são os “meninos maravilhosos para todos“ ou “a alma e o motor necessários” para o partido Irmãos de Itália vencer.
Mas estes jovens da Juventude Nacional – o movimento de juventude do partido da primeira-ministra italiana – mostram uma realidade bem distinta da moderação que Meloni quer exibir.
Uma jornalista da Backstair, a unidade de investigação da Fanpage (agência noticiosa de esquerda), conseguiu infiltrar-se na Juventude Nacional.
E mostra, em vídeo, os jovens dos Irmãos de Itália em saudações nazis, com hinos a Benito Mussolini, saudações “sieg heil” a fazer lembrar Adolf Hitler, e ainda com apologia ao terrorismo.
Os negros “fedem porque em África não estão habituados a água” e os homossexuais são uma comunidade “nojenta”.
É uma realidade de fascismo, antisemitismo e homofobia – mas escondidos porque, segundo a mesma reportagem, há medo da imprensa.
Dizem que são “legionários” e “camisas negras” – o movimento militar e violento do tempo de Mussolini.
Recorde-se que o partido Irmãos de Itália tem as suas raízes no Movimento Social Italiano (1946), que por sua vez era um sucessor do movimento fascista de Benito Mussolini.
Meloni tem dito que é contra as leis racistas e anti-judaicas decretadas por Mussolini em 1938. Mas, lembra o Euronews, nunca disse claramente que é anti-fascista.
Giorgia Meloni tem tentado mostrar (em Itália e na Europa) que é o rosto de um partido moderado, equilibrado, mas esta reportagem mostra uma “alma sombria” do Irmãos de Itália – e há responsáveis pelo partido a participar nestas iniciativas.
Críticas aos jovens e à reportagem
Entretanto, a primeira-ministra de Itália já reagiu. Disse que quem tem sentimentos racistas, antissemitas ou nostálgicos “está simplesmente enganado”.
“Esses sentimentos são incompatíveis com os Irmãos de Itália, são incompatíveis com a direita italiana, são incompatíveis com a linha política que definimos claramente nos últimos anos e, por isso, não aceito que haja ambiguidades nesta matéria”, assegurou.
Mas Meloni aproveitou para criticar a forma como foi feita a reportagem: “Penso que, se quisermos chamar-lhe uma investigação jornalística, a mesma atitude e a mesma investigação deveriam ser levadas a cabo em todas as organizações de juventude de outros partidos políticos”.
E justificou: “Não sabemos o que pode sair, não vamos saber. Sabem porquê? Porque na história da República Italiana, o que a Fanpage fez com o Irmãos de Itália é inédito: nunca se pensou que pudessem infiltrar-se numa organização política, gravar secretamente as suas reuniões, gravar também os assuntos pessoais de menores“.
Todos os Países da C.E , tem na sua Sociedade , parasitas desta espécie . Não passam de criaturas perigosas ! . Claro que o passado en Italia , como a Alemanha será sempre marcada com esta mácula !