A erupção do vulcão La Cumbre, na ilha Fernandina, a oeste do arquipélago das Galápagos (Equador), que iniciou na noite de domingo, com lava e gases, pode estar a ameaçar várias espécies únicas, como iguanas terrestres e marinhas, corvos-marinhos não voadores, pinguins, cobras e ratos endémicos.
Segundo noticiou anunciou o Diário de Notícias, citando a AFP, esta informação sobre o arquipélago das Galápagos – património mundial pela UNESCO pela sua flora e fauna únicas – foi avançada pelo Parque Nacional das Galápagos (PNG).
Em comunicado, o PNG – responsável pela reserva natural situada a 1000 quilómetros da costa do Equador – salientou que a ilha Fernandina não é habitada, mas o “seu valor ecológico” é muito rico, uma vez que “os seus ecossistemas abrigam espécies únicas”.
O PNG acrescentou que as primeiras imagens registam uma fissura ao longo da encosta sudeste da cratera de 1476 metros de altitude e mostram “fluxos de lava a descer para a costa” de uma das ilhas mais jovens das Galápagos. O arquipélago serviu de laboratório para o naturalista inglês Charles Darwin desenvolver a Teoria da Evolução das Espécies.
O Instituto Geofísico da Escola Politécnica Nacional explicou que o vulcão apresentou “uma nova agitação sísmica e consequente erupção”. “Depois do evento sísmico de magnitude 4,7 ocorrido às 16h42, foram registrados 29 eventos, cuja magnitude permaneceu abaixo de 3,1”, especificou o organismo.
A última atividade eruptiva do vulcão La Cumbre ocorreu há 19 meses (entre 16 e 18 de junho de 2018), precedida por outra a 04 de setembro de 2017, de acordo com o instituto.
O PNG anunciou que vai continuar monitorizar a atividade vulcânica de modo a registar as mudanças que possam ocorrer no ecossistema das Ilhas Galápagos.