O Tribunal Europeu dos Direitos Humanos pediu a libertação de Osaman Kavala em 2019 e o Conselho da Europa declarou que a Turquia tem até novembro para libertar o opositor do regime, sob pena de acionar sanções ao país.
No sábado, o Presidente turco disse ter instruído o ministro dos Negócios Estrangeiros do país, Mevlut Cavosoglu, para expulsar dez embaixadores que tinham assinado, no início da semana, uma declaração a exigir a libertação de Osman Kavala, um filantropo turco crítico do Governo, preso há quatro anos.
“Dei a ordem ao nosso ministro dos Negócios Estrangeiros, disse-lhe o que era preciso fazer: estes dez embaixadores devem ser declarados personae non gratae. Ele deverá resolver isto imediatamente!”, anunciou Recep Tayyip Erdogan, num discurso em Eskisehir.
A exigência dos diplomatas, que apelava à libertação do opositor do regime, surge no seguimento de um veredito do Tribunal Europeu dos Direitos Humanos, que decretou a prisão de Kavala ilegal.
De acordo com o Expresso, os embaixadores norte-americano, alemão, francês, dos Países Baixos, canadiano, neozelandês, sueco, norueguês, finlandês e dinamarquês foram convocados pelo ministro, que fez saber que o Governo turco considerava que esta ação “irresponsável” tinha “excedido os limites da sua autoridade”. “O sistema judicial na Turquia é independente.”
O semanário salienta que, a acontecer, a expulsão dos diplomatas será a maior crise entre a Turquia e os aliados ocidentais nos 19 anos que Erdogan governa a Turquia.
Na Europa, há quem considere que, se a expulsão de verificar, os países ocidentais deverão responder de igual forma.
Osman Kavala foi detido há quatro anos, acusado de ter conspirado contra o Governo em 2013 ao apoiar os protestos despoletados pelos planos de Erdogan de transformar o parque Gezi, no centro de Istambul. Dois anos e meio depois, em fevereiro de 2020, Kavala foi absolvido, mas não chegou a sair da prisão.
Nesse mesmo dia, foi acusado de espionagem e de participação no falhado golpe de Estado de 2016. Em janeiro deste ano, um tribunal da Relação turco cancelou a primeira absolvição e, se for considerado culpado dos crimes de que é acusado, Osman Kavala arrisca-se a uma pena de prisão perpétua.
Em dezembro de 2019, o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos conclui que a detenção era ilegal e ordenou a libertação imediata de Kavala, para ficar a aguardar julgamento em liberdade.
A Turquia ignorou a decisão, pelo que o Conselho da Europa está prestes a iniciar um processo disciplinar contra o país.
Espero que a UE jamais aceite ou abra as portas à Turquia. Seria uma invasão muçulmânica da Europa. Com as ideias radicais pelas quais eles se regem seriam totalmente desnecessária à Europa.
Já abriu… basta ver a influência que a Turquia tem na Alemanha…