Manuel De Almeida / Lusa

Com vários lugares vazios, a ordem de trabalhos não foi esquecida pelos deputados da Assembleia. As freguesias mão mesmo ser separadas — à revelia de Marcelo. Moção é votada terça feira.
À segunda é que parece ser de vez… o Parlamento aprovou (novamente) a reposição de 302 freguesias, depois do veto do Presidente da República. A diferença agora é que Marcelo Rebelo de Sousa ou aprova, ou aprova: é obrigado a promulgar a lei num prazo de 8 dias.
Por entre um clima tenso (com vários sussurros no início da sessão), o primeiro debate na Assembleia após a aprovação da moção de confiança apresentada pelo governo decorreu com a ausência de vários deputados, essencialmente líderes partidários, o que denota, ainda que sem referências diretas, a situação de instabilidade política. A moção de confiança vai ser votada na próxima terça feira.
E houve uma surpresa: o Chega mudou o seu sentido de voto. Tinha-se abstido na primeira votação, e diz agora ser contra a lei, que adjetiva como “irresponsável”. A Iniciativa Liberal votou no mesmo sentido, mas a aprovação foi conseguida com os votos favoráveis dos restantes partidos, e recebida com uma ovação.
“Iremos confirmar o diploma e o mesmo deve entrar em vigor o mais rápido possível e a tempo das eleições autárquicas para as novas freguesias serem sujeitas ao voto das populações”, prometeu o socialista Jorge Botelho.
Mudanças na Educação
26 iniciativas de todos os partidos (à exceção da IL) relativas à Educação foram também votadas esta quinta feira no Parlamento.
Entre elas, destaca-se a aprovação de uma compensação aos professores deslocados (anda sem valor estipulado), que tem ainda de ser aprovada na especialidade para poder ser implementada.
Por entre debates, houve já algumas “farpas” sobre as legislativas que se devem avizinhar. Uma deputada do Chega disse: “Querem viver bem, querem estabilidade? Então parem de votar na esquerda e votem no Chega”.
Isabel Mendes Lopes, do Livre, veio em resposta, com direito a uma ovação: “Não estamos num comício político”.