O presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, considerou esta segunda-feira “um marco histórico” o entendimento anunciado entre o PSD, os centristas e o PPM para uma governação de centro-direita nos Açores.
Os sociais-democratas anunciaram um princípio de acordo com o CDS-PP e os monárquicos para a formação de um governo nos Açores resultante das eleições de 25 de outubro.
“É um marco histórico para a democracia açoriana”, vincou Francisco Rodrigues dos Santos, em comunicado divulgado, acrescentando que o partido é uma força política que “soma e acrescenta”. O partido soube “interpretar, desde o início, o sentido de mudança dos açorianos”, prosseguiu o líder dos centristas.
A solução governativa apresentada para aquela região autónoma é, por isso, “o passaporte para a mudança”. Francisco Rodrigues dos Santos disse ainda que o CDS é “insubstituível” e que as eleições nos Açores são uma prova de vida do partido.
“Os açorianos desejaram mudar. E sabem que contam com o CDS”, afirmou.
O anúncio foi feito esta segunda-feira pelo líder do PSD naquela região, José Manuel Bolieiro, acompanhado dos dirigentes do CDS-PP e do PPM nos Açores, Artur Lima e Paulo Estêvão, respetivamente, na cidade da Horta, ilha do Faial, sede do parlamento açoriano.
“A seu tempo desenvolveremos todos os contactos e declarações que se mostrem úteis para este processo”, afirmou José Manuel Bolieiro.
O dirigente do PSD/Açores disse que esta é uma “proposta de governação profundamente autonómica“, de um “governo dos Açores para os Açores” e com “total respeito e compreensão pela pluralidade representativa do povo”.
O PS venceu as eleições regionais nos Açores, elegendo 25 dos 57 deputados da Assembleia Legislativa Regional, mas um bloco de direita, numa eventual aliança (no executivo ou com acordos parlamentares) entre PSD, CDS-PP, Chega, PPM e Iniciativa Liberal poderá funcionar como alternativa de governação na região, visto que uma junção de todos os parlamentares eleitos por estes partidos dar 29 deputados (o necessário para a maioria absoluta). O PAN, que também elegeu um deputado, pode também viabilizar parlamentarmente um eventual governo mais à direita.
ZAP // Lusa