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Engenharia e Arquitetura lideram cursos com mais desempregados

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Eneas / Flickr

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Segundo as estatísticas do Ministério da Educação e Ciência (MEC), existem 81 cursos que garantem total empregabilidade aos diplomados, com Medicina no topo.

Os dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência mostram que o curso de Engenharia Civil do Instituto Superior Técnico (IST) é o que tem maior número de licenciados inscritos nos centros de emprego, seguido de Economia na FEP e Arquitetura na Lusíada de Lisboa.

A dificuldade em conseguir emprego na área está ligada à “crise na construção civil, a dificuldade que muitos engenheiros têm em se deslocar para o estrangeiro e a crise em Angola, que afetou as empresas” do setor, explica o bastonário da Ordem dos Engenheiros em declarações ao Diário de Notícias.

Medicina continua a liderar os cursos com mais empregabilidade, com seis universidades a garantir que 100% dos diplomados conseguiram trabalho no final dos estudos.

No extremo oposto, o curso, que contabiliza 4.076 diplomados entre 1983-84 e 2013-14, é o que tem maior número de licenciados inscritos nos centros de emprego: Em junho de 2014, 282 diplomados em Engenharia Civil do IST estavam à procura de trabalho.

Na lista dos 50 cursos com mais desempregados surgem, ainda, outras três licenciaturas em Engenharia Civil e quatro em Arquitetura.

ZAP

4 Comments

  1. Sem excluir a culpa da grave conjuntura do Sector da Construção Civil e Obras Públicas, é à Ordem dos Engenheiros (O.E.) que cabe uma não pequena parte da responsabilidade na actual situação dos referidos profissionais.
    Foi um proliferar cursos de engenharia civil, uns licenciaturas outros bacharelatos, muitos de qualidade académica bastante duvidosa em politécnicos e universidades sem tradição na área. Alguns começaram a funcionar numa época em que o pico da procura por profissionais da área já ia longe. A O.E. nunca procurou cercear esta desajustada oferta de cursos já na época e que se agravou ao longo dos anos. Quanto ao acesso à prática profissional, o grau de dificuldade dos exames, tanto quanto me foi dado saber por colegas no ensino, permitiu que alunos medianos do Instituto Politécnico de Beja, passagem no referido exame sem qualquer dificuldade.
    Agora, numa época em que, em Angola e no Brazil a procura cessou, na Europa, só na Grã-Bretanha existe procura para engenheiros de obra de: edifícios, auto-estradas, caminhos de ferro, e por projectistas de estruturas, caminhos de ferro e de auto-estradas (com muita experiência), resta a poucos afortunados essa remota possibilidade ou arrastarem-se por vários anos pelo desemprego.
    O IEFP, lamentávelmente, também não oferece qualquer hipótese de formação consistente, credível e válida que permita alternativas de emprego mesmo precárias ou de requalificação credível para estes e outros profissionais. É o país que temos com poucos empresários e muitos patrões e poucos políticos preocupados com o Povo.

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