Enfermeiros suspendem greve e protesto e retomam trabalho especializado

Marcello Casal Jr. / ABr

Os enfermeiros decidiram, esta segunda-feira, suspender a greve de zelo e o protesto contra o não pagamento do trabalho especializado, devido ao compromisso do Governo de iniciar negociações.

Os enfermeiros estavam em greve de zelo desde maio, sendo que os especialistas em saúde materna e obstétrica não prestavam cuidados diferenciados desde o início de julho, em protesto contra a falta de pagamento da especialização.

Uma segunda greve, de cinco dias, abrangendo todos os enfermeiros, começava a 31 de julho, mas foi também desconvocada.

Em declarações à Lusa, um dos dirigentes da Federação Nacional de Sindicatos de Enfermeiros, José Azevedo, justificou a decisão com o “acordo de princípio” assumido esta segunda-feira pelo Ministério da Saúde, após uma reunião, para “começar a negociação” de matérias como promoções e progressão da carreira, horários de trabalho e tabela salarial.

O porta-voz do movimento Enfermeiros Especialistas em Saúde Materna e Obstétrica, Bruno Reis, que participou na reunião enquanto observador, adiantou que os profissionais que representa retomam o trabalho dado o compromisso de “calendarização negocial” de questões como a categoria de enfermeiro especialista e a correspondente “revalorização salarial”.

A bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, saudou também o início das negociações entre Governo e sindicatos em matérias laborais como a revisão da carreira, e que levou à suspensão de protestos.

Em declarações à Lusa, a bastonária considerou positiva “a abertura” por parte do Ministério da Saúde para “o início da negociação”, reclamado há um ano. Ana Rita Cavaco espera que, entre outras matérias, haja “uma revisão séria da carreira”, aguardada há vários anos. “Vamos estar atentos”, afirmou.

A Ordem dos Enfermeiros apoiava a greve de cinco dias que começava em 31 de julho, e que já foi desconvocada devido ao compromisso assumido pelo Ministério da Saúde de iniciar negociações sobre questões como promoções e progressão da carreira, horários de trabalho e tabela salarial.

ZAP // Lusa

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