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Enfermeira agredida no Hospital de Santa Maria

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Uma enfermeira foi agredida durante a madrugada desta quarta-feira no serviço de Urgência do Hospital de Santa Maria, em Lisboa

Em comunicado, a Ordem dos Enfermeiros (OE), que denunciou o caso, explica que a profissional de saúde “impedida de prosseguir o seu trabalho, devido às lesões sofridas, enquanto os agressores permaneceram no local”.

Detalha o jornal Observador, que esta quarta-feira teve acesso à nota de imprensa, que quando começaram as alegadas agressões o polícia de serviço destacado para a zona estava fora do seu posto, lidando com uma outra ocorrência.

A OE exige que o Governo tome medidas “para além de um gabinete de segurança”, iniciativa recentemente anunciada pela Ministra da Saúde, Marta Temido, depois de ter reunido com o ministro da da Administração Interna, Eduardo Cabrita.

“É tempo de implementar medidas concretas a nível judicial. É tempo de alterações penais, tal como aconteceu quando o País decidiu enfrentar o fenómeno da violência doméstica”.

Segundo a Ordem, esta situação remete “uma necessidade imperativa de reforço de segurança nos estabelecimentos de saúde, em particular nas Urgências, onde ocorrem a maioria dos episódios”, pode ler-se na mesma nota.

O caso foi entregue às autoridades policiais.

Três casos já divulgados

Recentemente, foram divulgados três casos de agressão a profissionais de saúde. Num primeiro caso, uma médica foi atacada por uma utente no serviço de urgência do Hospital de São Bernardo, em Setúbal. A agressora entrou no gabinete, puxou os cabelos da médica e enfiou-lhe um dedo no olho. A profissional de saúde teve de ser transferida para Lisboa, onde foi sujeita a uma pequena cirurgia no Hospital de São José.

Dias depois, um casal de médicos foi atacado no mesmo hospital por um sexagenário que terá sequestrado ambos no interior do gabinete, onde os agrediu com cadeiras e uma mesa. O médico terá entrado num confronto físico com o paciente e foi necessário que um agente da PSP arrombasse a porta para forçar a entrada e travar a agressão.

No mesmo dia, um médico foi agredido no Centro de Saúde de Moscavide, em Loures, depois de ter recusado passar baixa a um paciente de 20 anos.

De acordo com dados do Governo divulgados recentemente, quase mil casos de violência contra profissionais de saúde no local de trabalho foram reportados até ao final de setembro de 2019. Em 2018, foram comunicados 953 casos, refere a nota, adiantando que “as injúrias são o principal tipo de notificação, representando cerca de 80% do total”.

ZAP //

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1 Comment

  1. Quando as posições se extremam é um problema e o maior ainda é os governantes assobiarem para o lado sabendo à partida que existem cada vez mais problemas graves na saúde e não os resolverem, depois chega-se a uma situação destas que é sempre de lamentar.

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