Médico agredido depois de recusar passar baixa a paciente. É o segundo caso em menos de uma semana

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No último dia do ano de 2019, um médico foi agredido durante uma consulta no Centro de Saúde de Moscavide, em Loures, depois de recusar passar baixa a um paciente de 20 anos.

A denúncia foi feita pelo próprio médico no Facebook. Tudo terá acontecido às 15h de terça-feira, 31 de dezembro, quando o clínico atendia um utente de 20 anos.

“Pretendia que lhe desse uma vacina para a gripe (porque um primo tinha feito a vacina), e lhe passasse uma renovação da baixa, retroativa a 26/12/2019”, contou o médico no Facebook.

Porém, ao consultar o processo clínico viu que o jovem havia estado dias antes noutra unidade de saúde, sem que tivesse “aviado os medicamentos prescritos”. Aliás, o doente “não tinha aviado nenhuma receita das que lhe foram passadas em todo o ano de 2018 e 2019”.

De acordo com a descrição, como não acedeu ao pedido começou por agredi-lo com o teclado do computador e com o telefone. “Com a ajuda da namorada, que me segurava, agrediu-me com vários socos e pontapés, um dos socos no olho direito e um pontapé na grelha costal”, descreveu o clínico.

O médico, Vítor Manuel Silva Santos, disse, em declarações ao Jornal de Notícias, que a agressão durou cerca de 10 minutos e que teve muitas dificuldades em sair do consultório para pedir ajuda.

O presidente da Federação Nacional dos Médicos, Noel Carrilho, a quem ainda não tinha chegado conhecimento do episódio, disse ao mesmo jornal que o Ministério da Saúde já foi alertado para “a necessidade de melhorar o perfil da segurança dos profissionais de saúde”.

Segundo o JN, o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP está a tratar de um “caso de ofensa à integridade física no Centro de Saúde de Moscavide, na tarde do dia 31”.

Este é o segundo caso de violência contra médicos em menos de uma semana. Na sexta-feira passada, uma médica Hospital de São Bernardo, em Setúbal, foi agredida com violência por uma utente.

ZAP //

 

8 Comments

  1. Boa tarde.
    Não sei os contornos do caso nem vou comentar. A ser verdade, é lamentável.
    No entanto, a minha sogra, uma senhora c/72 anos de idade mas que de aspecto físico aparenta ter 65 (ou menos), ao pedir uma credencial p/consulta de urgência de otorrino p/o marido e meu sogro, foi-lhe dito pela médica que a conhece/segue há vários anos: “olhe, compre menos uma roupinha e vá ao particular”, não lhe passando a credencial!!! A minha sogra tem 270€ de reforma e o meu sogro outros tantos… é muito difícil ouvir uma coisa destas!!! A minha sogra ficou tão chocada que nem reagiu! Como está reformada, tem tempo, mexeu-se e conseguiu uma urgência no hospital passados 3 dias. O meu sogro tinha uma infecção grave no ouvido!!! Mais tarde, voltou à médica e educadamente disse-lhe tudo o que a mesma merecia ouvir! A médica emocionou-se e pediu desculpa, que não queria ofender. Mas ofendeu! No caso deles tudo se resolveu, mas foi preciso tempo, andar em transportes, p/trás e p/a frente… e gastar mais dinheiro, que não têm!!! E não, não nos disseram p/não incomodar…
    Noutra situação, no Norte, o Pai da mulher de um colega do meu marido, dirigiu-se ao hospital, com fortes dores e muito ruborizado na face. A médica da urgência disse-lhe que “bebesse menos uns copitos que aquilo passava!!!” – escusado será dizer que a filha saltou por cima da mesa e queria bater-lhe! “O meu Pai não bebe, sua incompetente!” – sucede que o Sr. estava com problemas graves e a face vermelha é um dos sinais… é para que vejamos… lógico que nada justifica estas atitudes, mas há por aí muitos médicos que nem veterinários deviam ser!!!
    Feliz Ano Novo para todos.

  2. ha que começar a corrigir esses medicos pensam que teem o rei na barriga, devem ter respeitinho senao deve haver lei de murro para lhes dar a devida educaçao que nao tem, nao sao superiores sao escravos ao servoço do povo e escravos devem permanecer, povo portugues ha que começarmos a corrigir esta canalha que se julga mais que ninguem, viva a lei da murraça

    • Sim claro e TODOS os utentes tem razão.
      Há bom e mau em todo o lado; quer pela parte de médicos / enfermeiros, quer pela parte do utente.
      Sim que há muito utente que pensa que os médicos tem que fazer / receitar o que lhes mandam…

      Quanto ao artigo, não sei o que vem por trás, nem os contornos do mesmo, pelo que se o que o Sr. Dr. contou é verdade, é triste!

    • Ironia, suponho…
      Há que “corrigir” é a ciganada como esses animais parasitas que não fazem nada de útil e pensam que os outros tem obrigação de andar com eles “ao colo”!
      Tem que ser punidos severamente!!

  3. Pelo que percebi o médico não passou mais baixa ao rapaz pk ele não fazia nada para ficar melhor o médico pensou se em dois anos nunca comprou um medicamento e pk não tem intensões de ficar melhor e sim de andar a boa vida…

  4. Lamento e condeno os casos de agressão aos médicos. Estamos num país de selvagens? Atitudes destas são de pessoas sem princípios e dignidade
    Pela minha parte só tenho que agradecer e admirar tanta dedicação que tenho presenciado no pessoal de saúde e nos voluntários da bata amarela.
    Quantas vezes os medicos, nas urgências, nas operações, etc. nem têm tempo para almoçar a horas. Quanto cansaço de horas seguidas debruçados sobre um doente, por exemplo numa operação prolongada!!!
    Nós, todos nós devemos reparar em tanto que recebemos e não ser tão prontos a condenar algum lapso que possa existir. Quem não tem esses lapsos ou descuidos que a todos nos pdem acontecer alguma vez?
    Devemos ser mais agradecidos e altruistas egentis para com os nossos médicos e todo o pessoal da saúde.
    Para todos uma saudação amiga e um muito obrigada. Deus vos abençoe

  5. Este médico é um grande profissional, só o estão a julgar a vossa ira dos MÉDICOS, mas não querem julgar (expressão) o vagabundo do gajo que provou ao espancar o médico que estava com muita saúde. (professional) Há muitos poucos a fazer o trabalho deste médico muito bem, ao aperceber que o MEN queria era levar o meu dinheiro dos meus impostos.

  6. Casos como este são de lamentar, certo que existem alguns maus e mal educados profissionais de saúde que se imaginam donos disto tudo, mas também há maus utentes e aqui parece ser o caso e que quanto a mim deve ter uma condenação a condizer com o acto que praticou.

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