“Maior intervenção de sempre”: faturas de empresas descem até 31% na luz e 42% no gás

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Mário Cruz / Lusa

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro.

3 mil milhões de euros no pacote de apoio à fatura energética das empresas, anunciado pelo ministro Duarte Cordeiro.

O ministro do Ambiente anunciou hoje que a intervenção de 3.000 milhões de euros nos mercados de eletricidade e de gás natural, dirigidos às empresas, permite poupanças de 30% a 31% na eletricidade e 23% a 42% no gás.

O anúncio foi feito pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, em conferência de imprensa, em Lisboa, para explicar o pacote de apoio à fatura energética das empresas, de 3.000 milhões de euros, previsto no acordo com os parceiros sociais assinado no domingo.

Duarte Cordeiro classificou a medida como a “maior intervenção no mercado energético em Portugal”.

“Esta intervenção justifica-se pela natureza da crise que estamos a viver e perante a dimensão do aumento dos preços”, justificou.

“Estamos a falar de 2.000 milhões de euros no mercado de eletricidade e 1.000 milhões de euros no mercado de gás natural, dirigidos a empresas, aos grandes consumidores”, afirmou o ministro.

Os 1.000 milhões de euros serão um financiamento adicional do Orçamento do Estado dirigidos para o sector do gás natural e para a redução dos preços dos consumidores industriais.

Na electricidade, 75% do pacote provém de receitas que já eram canalizadas para o sistema (receita da contribuição sobre o sector energético e resultado do leilão das licenças de CO2). Estes valores são transferidos através do Fundo Ambiental. A origem dos restantes 25% (500 milhões de euros) ainda será anunciada, a par das tarifas reguladas para 2023.

A previsão do Governo aponta para um preço de 258 euros por MW/h. Para as empresas, as despesas passariam de 1.700 milhões para 6,5 mil milhões de euros: “É face a esta previsão que estamos a calibrar a intervenção desta dimensão”, disse Duarte Cordeiro.

Segundo o governante, as injeções são feitas este ano, para interferir nos preços do próximo ano.

ZAP // Lusa

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1 Comment

  1. o problema é que muitas das empresas são micro ou pequenas empresas em nome individual e se falarmos em pequenos comercios de restauração e bebidas não à gás natural mas sim gás de garrafa. E para estes o que é que o governo apoia? nada…

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