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Empresas em Portugal são em média mal geridas

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Banco Central Europeu

Carlos Costa, governador do Banco de Portugal

Carlos Costa, governador do Banco de Portugal

O governador do banco de Portugal, Carlos Costa, considerou hoje que as empresas portuguesas são, em média, mal geridas, e que as Pequenas e Médias Empresas (PME) são muito sensíveis a pequenos acidentes financeiros.

“As empresas portuguesas são, em média, mal geridas”, disse o governador durante uma intervenção sobre as condicionantes do desenvolvimento sustentável numa união monetária, no XXIV Encontro de Lisboa entre os bancos centrais dos países de língua portuguesa.

“A maior debilidade da economia portuguesa é os gestores, não são os trabalhadores“, disse o governador, reconhecendo que, também por isso, as PME “são muito sensíveis a pequenos acidentes financeiros”, o que, por sua vez, “influencia o balanço dos bancos”.

Fazendo uma análise à economia nacional e às fragilidades das empresas, o banqueiro central considerou que “a primeira prioridade da política pública era converter crédito não bancário em capital e ver quais os incentivos ou obstáculos que dificultam esta conversão”, lembrando que de acordo com os dados disponíveis, “as empresas preferem contrair empréstimos junto dos acionistas ou sócios em vez de irem ao banco ou fazerem aumentos de capitais”.

Carlos Costa lamentou que os gestores das empresas, principalmente das mais pequenas e de tradição familiar, tenham relutância em mostrar as contas das suas empresas e em acolher novos sócios.

Para Carlos Costa, é necessário uma “transformação estrutural do tecido empresarial português” que otimize a utilização da capacidade produtiva instalada, que melhore o padrão de especificação intrassectorial e intersectorial e que crie condições para atrair investimento direto estrangeiro.

/Lusa

6 Comments

  1. Diz o roto ao nu… porque não te vestes tu ?
    Nós vimos bem e entendemos bem como foi gerido o caso BES por este senhor.

  2. é preciso não ter um pingo de vergonha por parte de Carlos Costa ao criticar os gestores das pme, estes grande parte são gestores e trabalhadores ao mesmo tempo, grande parte têm apenas os estudos básicos, mas são mais ponderados que esse senhor pois o dinheiro sai do bolso deles.
    Não foi este senhor que disse 15 dias antes do caso Bes, que era um banco sólido, afinal em que pais vivemos e ainda por cima pagamos a gente desta grandes ordenados e despesas de luxo.
    TENHAM VERGONHA PELO MENOS E NÃO DIGAM O QUE VÊM Á CABEÇA, RESPEITEM O POVO QUE NÃO É BURRO

  3. O que é necessário é alterar a legislação para obrigar as empresas a tornar públicos os seus relatórios de contas anualmente e fazer com que os bancos não cobrem tanto pelos empréstimos para que as empresas não recorram aos sócios para se financiarem.

  4. A citação do primeiro parágrafo só peca por estar incompleta. São só as GRANDES empresas que são mal geridas. E daí sai a explicação para o segundo parágrafo; os gestores são maus porque são os filhos, os amigos, os afilhados, os enteados, que gerem as grandes empresas, nunca são os trabalhadores a gerir.
    É preciso explicar a esta gente que quando se cria uma pequena empresa, a maior parte do “cimento” que a mantém firme foi regada com muitos litros de suor; não são empresas entregues de mão beijada a gestores de topo. Quanto aos novos sócios: “Para que vamos repartir o filho que criamos?” Novo sócio, mais dinheiro, dinheiro novo… mas isso já fazem os empresários, mantendo firmes as pequenas empresas vivas no mercado. Crescimento! É isso! Os novos sócios fazem crescer as empresas para depois vir o Sr. Carlos Costa dizer que elas são mal geridas.
    O último parágrafo não tem ponta por onde se lhe pegue; quem assim fala, não faz a mais pequena ideia do que é uma pequena empresa e são estas que realmente alimentam o país.
    Em suma e no geral até concordo com o Sr. Carlos Costa, em Portugal está tudo mal gerido; a começar pelos órgãos de soberania e passando de imediato para o Banco de Portugal… valham-nos à alma porque o corpo já apodreceu.

  5. É facil falar de barriga cheia. O assalto ao BES liderado por quem se sabe só é possível
    construindo a própria lei e vendendo gato por levre, no proprio dia da Nacionalização foram negociadas milhões de accões, mesmo depois da decisão tomada no dia anterior.
    O governador do banco de Portugal, Carlos Costa, considerou hoje que as empresas portuguesas são, em média, mal geridas, e que as Pequenas e Médias Empresas (PME) são muito sensíveis a pequenos acidentes financeiros. Podera não podem produzir as proprias leis!!! 6 Outubro, 2014 por ZAP cc

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