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Empresa de Braga fixou salário mínimo nos 800 euros (e criou o Departamento da Felicidade)

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Grupo Bernardo da Costa / Facebook

O CEO do Grupo Bernardo da Costa, Ricardo Costa.

As empresas do Grupo Bernardo da Costa, de Braga, têm, a partir deste mês de Janeiro, um salário mínimo fixado nos 800 euros. Uma medida anunciada pelo grupo que supera a meta do Governo de fixar o salário mínimo nacional nos 750 euros em 2023.

O Grupo Bernardo da Costa tornou-se conhecido dos portugueses por ter o hábito de oferecer férias tropicais aos seus colaboradores.

Em 2020, por causa da pandemia, a viagem da empresa ao Egipto, durante uma semana, teve de ser cancelada.

Em anos anteriores, os trabalhadores foram a países como República Dominicana, Cuba, México, Jamaica e Cabo Verde às custas da empresa.

Para este ano, ainda não é certo que a tradição das viagens a destinos paradisíacos se possa cumprir. Tudo dependerá do evoluir da pandemia.

Mas caso não haja viagem, os trabalhadores vão receber um prémio em dinheiro, como aconteceu em 2020 quando, cada funcionário, recebeu 500 euros.

Estas são algumas das medidas implementadas pelo Departamento da Felicidade que o Grupo Bernardo da Costa criou e que oferece aos colaboradores regalias como serviços de lavandaria no local de trabalho, entrega de comida ao domicílio e seguro de saúde.

Além disso, o grupo também celebra os Dias de Aniversário e assinala dias temáticos dedicados a temas tão importantes como o gelado ou o pastel de nata.

Por outro lado, as instalações têm uma sala de diversões com bilhar, matraquilhos e consola de videojogos, para que os funcionários possam relaxar entre tarefas.

O grupo bracarense que se destacou no negócio das instalações eléctricas de apoio à construção civil emprega 194 pessoas, das quais 86 em Portugal.

Destes funcionários, apenas os 14 que trabalham na empresa BCInergia não vão passar a beneficiar do salário mínimo de 800 euros. Isto porque “foi muito afectada pela crise de 2009 a 2014 e este ano ainda não consegue praticar esse valor”, como explica o CEO do grupo, Ricardo Costa, em declarações à Lusa.

“Estou certo de que em dois anos terá condições para estar a par das restantes empresas do grupo”, salienta o gestor que é neto do fundador, Bernardo da Costa.

A medida não inclui os estagiários das empresas, mas quando estes assinam contrato, passam a ganhar “imediatamente” o mínimo de 800 euros, assegura ainda Ricardo Costa.

Esta política salarial “não é nova e reflecte o posicionamento face ao mercado de trabalho, captação e retenção de talento“, explica ainda o CEO do grupo no comunicado enviado às redacções.

“Temos consciência do momento complicado que o país atravessa em consequência da pandemia que nos afecta, mas também sabemos que é cada vez mais importante que as pessoas tenham um salário que lhes permita ter uma vida digna“, explica ainda Ricardo Costa em declarações ao Jornal de Negócios.

A principal empresa do grupo, a IBD Global, apresenta-se como “número 1 no mercado ibérico” das soluções de segurança electrónica e “fechou 2020 com uma facturação consolidada de 42 milhões de euros, em linha com a registada no ano anterior”, revela Ricardo Costa ao Negócios.

ZAP // Lusa

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