Uma vez que os alunos não vão ter de devolver os manuais escolares este ano, as editoras são obrigadas a responder ao aumento da procura num “curtíssimo” período de tempo.
Este ano, face à pandemia, os alunos não vão ter de devolver os manuais escolares. Por isso, os vouchers para levantamento dos novos manuais serão emitidos a partir desta segunda-feira. O prazo apertado para a distribuição dos manuais levantou preocupações entre as editoras e os livreiros, avança o Diário de Notícias.
A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) considera haver “um tempo curtíssimo para todo o trabalho relativo à impressão e distribuição” dos livros, “a começar pela compra urgente de matéria-prima para o efeito”.
Em comunicado, a APEL diz que as editoras terão de fazer “em pouco mais de um mês algo que, por regra, exige pelo menos quatro a cinco meses de trabalho”.
Tanto as editoras como as livrarias terão de se adaptar para conseguir responder à demanda. As editoras vão “recorrer a gráficas especializadas na impressão do livro escolar”, “reformular os planos de produção” e “reforçar as equipas das áreas gráfica e logística e os turnos operacionais”. Por sua vez, às livrarias “será exigido um esforço significativo no atendimento das encomendas”.
A associação apela à colaboração das famílias, para que efetuem as encomendas “o mais cedo possível”. O pedido tem como objetivo saber os “ajustes necessários no abastecimento” que são necessários fazer para responder ao aumento repentino da procura.