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Economia “voltou a dar sinais positivos”, defendeu Siza Vieira

Manuel de Almeida / Lusa

O ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira

O ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, defendeu esta quarta-feira que “a economia voltou a dar sinais positivos” em Portugal, apesar da contração do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,3% face ao último trimestre de 2020.

“O efeito do confinamento foi menos severo do que no ano passado. As empresas adaptaram-se melhor”, afirmou Siza Vieira na sua intervenção inicial em audição no Parlamento, citado pelo Expresso. As exportações de bens da indústria em fevereiro, continuou, ficaram 4,2% acima de fevereiro de 2020.

“Perante o levantamento das restrições a economia respondeu de forma rápida e vigorosa”, disse, sublinhando que o Governo reabrirá em breve os sistemas de incentivo às empresas. “Já temos intenções de investimento de 1300 milhões de euros pelas empresas”, dos quais 600 milhões de euros são investimento direto estrangeiro, indicou.

Siza Vieira avançou igualmente que o Governo está a planear propor a prorrogação do crédito fiscal extraordinário ao investimento, “numa altura em que empresas estarão em melhor condição de manifestar intenções de investimento”. Esta medida faz parte da alteração do foco da política económica, “mais no sentido de apoio à retoma económica”.

Além disso, o ministro da Economia apontou para “um reforço dos incentivos à capitalização das empresas”.

O responsável pela pasta da Economia aproveitou para revelar que o programa IVAucher – inscrito no Orçamento do Estado para 2021 e que visa apoiar a retoma do turismo através da acumulação do IVA pago na restauração, alojamento e cultura para descontar em novas compras -, deverá ser lançado “nas próximas semanas”.

O Governo está a preparar também uma solução para prolongar e assegurar “alguma carência” nas moratórias para os setores mais afetados pela pandemia, que deverá passar pela capacidade de o Estado em “garantir alguma parte do crédito que está sob moratória”, permitindo “estender os prazos de reembolso destes créditos e permitir, também, assegurar alguma carência”.

O objetivo, explicou, é “que as empresas não concentrem o seu ‘cash flow’ imediatamente no reembolso de dívidas”. Em causa estão empresas dos setores mais afetadas pela pandemia de covid-19, nomeadamente o alojamento, restauração, comércio a retalho e alguns segmentos da indústria transformadora.

Taísa Pagno //

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