Eanes, Sampaio e Soares apoiam Sampaio da Nóvoa

Eduardo Costa / Lusa

António Sampaio da Nóvoa, candidato às Presidenciais de 2016

A candidatura de António Sampaio da Nóvoa às presidenciais, que já conta com o apoio manifesto de Mário Soares, pode vir a ser apoiada por mais dois ex-Presidentes da República.

O semanário Sol avança que Ramalho Eanes vai declarar o seu apoio à candidatura do ex-reitor da Universidade de Lisboa, depois da sua oficialização, e que também Jorge Sampaio o fará brevemente.

Ao contrário de Soares, que deverá marcar presença na cerimónia pública da candidatura – dia 29 de abril, no Teatro da Trindade, em Lisboa -, o apoio de Ramalho Eanes será concretizado posteriormente, num acto isolado.

Já Jorge Sampaio, que não marcará presença na cerimónia, admite manifestar o seu apoio, “se for caso disso, daqui a 20 dias ou dois meses”, apurou o Sol.

Há duas semanas, em entrevista ao Expresso, o ex-Presidente da República tinha afirmado que apenas interviria nas presidenciais após as legislativas: “há um tempo próprio para tudo e também para uma eventual declaração de apoio público a candidatos presidenciais: este momento ainda não chegou e não parece provável nos próximos meses”. No entanto, terá decido antecipar o apoio a Nóvoa tendo em conta a convergência socialista para a candidatura do ex-reitor da Universidade de Lisboa, após António Guterres ter anunciado que não seria “candidato a candidato”.

A candidatura do ex-reitor ainda não é unânime no seio do partido, mas o “não” de Guterres reduziu as alternativas do PS. No entanto, e apesar dos elogios do presidente do PS, Carlos César, que já veio admitir publicamente que “Sampaio da Nóvoa representa aquilo de que Portugal precisa”, o apoio oficial ainda tarda.

Quanto à cerimónia de oficialização da candidatura, o jornal i escreve que o antigo reitor “sempre teve a intenção de formalizar a candidatura na semana simbólica que começa a 25 de abril e acaba a 1 de maio, mas excluiu o dia 25 de abril para anunciar a entrada na corrida a Belém, o que chegou a estar na cabeça de alguns dos seus apoiantes, para não se apropriar de uma data de significado nacional”.

ZAP