Dentro de 15 anos, Titã, a exótica lua de Saturno, poder receber um novo “hóspede”. O Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins (APL), nos Estados Unidos, acaba de divulgar uma imagem detalhada do Dragonfly, um veículo de pouso projetado para explorar o satélite natural.
Em comunicado, a APL explica que o rover foi projeto para recolher amostras materiais da superfície e para medir as composições dos materiais da superfície de Titã.
De acordo com a mesma nota, o Dragonfly será capaz de explorar uma variedade de locais de forma a caracterizar a habitabilidade do ambiente de Titã, investigar a progressão química e até procurar pistas químicas de vida baseadas em água ou hidrato-carbonetos.
Os instrumentos que recolheriam estas informações estão ainda a ser desenvolvidos, sendo testado sob condições semelhantes às de Titã.
O Dragonfly está a competir para se tornar a próxima missão da New Frontiers da Nasa, que arranca neste verão. Se a agência espacial norte-americana selecionar esta “libélula robótica”, o rover será lançado em 2025 e chegará a Titã em 2034.
Ao contrário dos rovers sob rodas que “moram” em Marte – como é o caso da adormecida Opportunity e da Curiosity – o Dragonfly voa, tal como o próprio nome indica, dando-lhe a capacidade de percorrer distâncias maiores. No fundo, a APL desenvolveu um robô voador.
E para ajudar um possível voo, a atmosfera densa e calma de Titã, aliada à baixa gravidade, farão do voo a melhor forma para explorar Saturno. Na verdade, notam os cientistas, voar sob estas condições e mais fácil em Titã do que na Terra.
“O Dragonfly oferece a capacidade revolucionária de visitar vários locais na superfície de Titã, separados por dezenas a centenas de quilómetros”, explicou Elizabeth Turtle, investigadora principal do projeto da APL.
“Em qualquer um destes locais, a carga útil do instrumento do Dragonfly poderia ajudar-nos a responder a questões científicas importantes em disciplinas que incluem Química e Astrobiologia pré-biótica, Meteorologia, Geofísica e Geomorfologia”.
A equipa do Dragonfly está a usar este fase da investigação – denominada como “fase A” na linguagem da NASA – para desenvolver e demonstrar os aspetos desta carga útil.
A NASA deverá decidir no verão de 2019 em que missão vai apostar – dedos cruzados para o Dragonfly, a libélula que poderá decifrar a exótica Titã.
“dezenas de centenas de milhões de quilómetros…” Zap, será que foi mesmo isso que a Elisabeth Turtle disse?
Caro André Fonseca,
Obrigado pelo reparo. Está corrigido.