Dragão trava ciclo de derrotas, mas sabe a pouco

Olivier Matthys / EPA

Após três derrotas consecutivas, o FC Porto foi à Bélgica empatar a dois golos, num jogo em que esteve por duas vezes em vantagem.

Frente a um Anderlecht ainda invicto na prova, o nervosismo inerente ao mau momento que os “dragões” atravessam ficou bem patente, por exemplo, no elevado número de bolas perdidas em zona proibida.

A equipa de Vítor Bruno marcou a meio da primeira parte, de penálti, por Galeno, e depois já nos dez minutos finais, por um recém-entrado Fábio Vieira, mas viu o adversário responder e, uma vez mais, voltou a deixar fugir pontos preciosos nesta edição da Liga Europa.

A primeira parte começou com um susto para o FC Porto: golo anulado ao Anderlecht logo aos 14 segundos, por fora-de-jogo.

Os belgas continuaram por cima nos minutos iniciais, mas aos poucos os “dragões” começaram a conseguir trocar a bola mais à frente no terreno e o golo apareceu. Francisco Moura foi atingido por um adversário na grande área contrária e Galeno não perdoou na conversão do consequente castigo máximo.

A turma de Vítor Bruno terminou a primeira parte com mais acções na grande área adversária e mais remates, mas o Anderletcht teve mais posse de bola e voltou a assustar em cima do intervalo. Valeu Diogo Costa, com uma bela defesa.

De susto em susto, a segunda parte começou com uma bola no poste da baliza dos “dragões” e, logo depois, com o golo do empate. Pepê foi desarmado em zona proibida e De Greef não perdoou.

Foi, a partir daí, um jogo dividido, com o FC Porto a continuar a perder muitas bolas em zona recuada. Até que, acabado de entrar, Fábio Vieira, com um excelente remate, recolocou os portistas na frente.

Só que, uma vez mais, o FC Porto deixou fugir a vantagem e voltou a sofrer um golo perto do fim, como por várias vezes já aconteceu na Liga Europa esta temporada. Amuzu fugiu a Martim Fernandes e desferiu um remate que ainda desviou em Otávio antes de entrar para o fundo das redes.

O Jogo em 5 Factos

1. Pepê desastrado

Pepê viveu uma noite para esquecer em Bruxelas. Sofreu seis desarmes e somou cinco perdas de bola no primeiro terço, uma delas a resultar então no 1-1 para o Anderlecht a abrir a segunda parte.

2. Dragões não se deram bem com pressão adversária

O Anderlecht pressionou alto e o FC Porto não se deu bem com isso. Os belgas totalizaram 21 acções defensivas no meio-campo dos “dragões”, que se ficaram pelas seis no meio-campo do Anderlecht.

3. FC Porto mais vezes na área contrária

Se nas acções defensivas no meio-campo contrário o FC Porto esteve bem abaixo dos belgas, superiorizou-se claramente nas acções na grande área adversária. Os dragões chegaram às 26, o dobro das somadas pelo Anderlecht, e chegaram a ter 11 contra uma.

4. Novo máximo de passes longos

Esta temporada na prova o FC Porto ainda não tinha efectuado tantos passes longos como os que realizou neste encontro com o Anderlecht. A média, até agora, era de 42,5 passes longos por jogo. Em Bruxelas chegou fez 52.

5. Belgas fortes no desarme e melhores nos duelos

O Anderlecht superiorizou-se nos duelos individuais, chegando aos 60 ganhos, contra 48 ganhos pelo FC Porto. E a turma da casa esteve também muito forte no capítulo do desarme, totalizando 25, o seu máximo da temporada na competição.

Melhor em Campo

O camisola 23 do Anderlecht, Mats Rits, esteve em excelente plano quer a atacar, quer a defender. Fez a assistência para o primeiro golo, atirou uma bola ao poste logo a abrir o segundo tempo, somou cinco passes progressivos e foi ainda o jogador com mais acções defensivas no meio-campo adversário (7, igualando o recorde da prova) e o que mais intercepções fez.

Resumo

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