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Dono da Fosun detido para interrogatório (e desaparecido)

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Guo Guangchang, chairman do grupo chinês Fosun

Guo Guangchang, chairman do grupo chinês Fosun

O multimilionário chinês Guo Guangchang, presidente da Fosun, terá sido detido pela polícia chinesa, no âmbito de uma investigação relacionada com acusações de corrupção e manipulação de acções

Segundo a revista económica chinesa Caixin, citada pela Bloomberg, o empresário chinês está incontactável desde quinta-feira, desconhecendo-se o seu paradeiro.

Já esta sexta-feura, as ações do grupo Fosun foram suspensas nas praças financeiras da China. Tendo em conta as “informações sensíveis”, e empresa suspendeu temporariamente as negociações nas bolsas de Xangai, Hong Kong e Shenzhen.

De acordo com relatos dos media chineses, citados pela Agência Reuters, Guo Guangchang terá sido interceptado pela polícia no aeroporto de Xangai.

Em agosto, Guo Guangchang surgiu associado a um caso de corrupção envolvendo o ex-diretor-geral da Shanghai Friendship Group Incorporated Company, Wang Zongnan.

Segundo o SCMP, Guo Guangchang, considerado o Warren Buffet chinês, poderá ser suspeito de corrupção. O jornal chinês adianta também no entanto a possibilidade de que Guangchang estaja simplesmente a colaborar numa investigação, como testemunha.

De acordo com dados da Forbes, Guo Guangchang tem uma fortuna avaliada em 6,61 mil milhões de euros e é o 11.º homem mais rico da China.

Nascido na província de Zhenjiang, o empresário de 48 anos fundou em 1992 o grupo Fosun, que controla um grande número de empresas multinacionais do sector farmacêutico, imobiliário, comércio, aço, minas, seguros e fundos de investimento.

Em Portugal, o grupo detém a seguradora Fidelidade e os Hospitais da Luz, bem como uma participação na REN.

Há um ano, o Novo Banco foi alvo do interesse do grupo chinês, mas a Fosun viria em setembro a afastar-se do processo de venda do “banco bom”.

A oferta final do grupo chinês previa um encaixe líquido de apenas 1,5 mil milhões de euros para o Fundo de Resolução criado para gerir o Novo Banco – metade da fasquia mínima pretendida pelo Banco de Portugal.

ZAP

 

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