De acordo com o comunicado da Ordem dos Enfermeiros, que sublinha a necessidade de testar estes profissionais, “já não há nenhum distrito sem enfermeiros infetados”.
Quase dois mil enfermeiros estão, atualmente, em casa em situação de vigilância ativa, “impedidos de prestar cuidados de saúde depois de terem estado em contacto direto com doentes [infetados] com covid-19”.
Além dos 1.984 Enfermeiros em vigilância ativa, há ainda 1.810 em vigilância passiva, “sem realização de teste ou a aguardar” a realização deste.
O comunicado da Ordem dos Enfermeiros tem por base os dados resultantes do inquérito lançado há uma semana pela mesmo Ordem, ao qual responderam 20.771 profissionais, ou seja, “cerca de 50% do número de enfermeiros que trabalha no SNS”.
Segundo o Diário de Notícias, a amostra indica que há 363 infetados, “um número ainda assim superior aos divulgados oficialmente”.
A Ordem refere que os enfermeiros “continuam a não ser testados, pondo em perigo a única linha de defesa à pandemia da covid-19, quando os profissionais de Saúde deviam ter prioridade no acesso aos testes, seguindo as recomendações da OMS [Organização Mundial da Saúde]”.
“Neste momento, já não há nenhum distrito sem enfermeiros infetados, pelo que urge testar os profissionais”, alerta a Ordem dos Enfermeiros.
O Porto continua a ser o distrito com mais casos de infeção nestes profissionais, a registar 114 enfermeiros infetados, seguido de Lisboa, com 72, e Coimbra, com 52. Braga regista 31 enfermeiros infetados, Aveiro 21 e Setúbal 18.
Coronavírus / Covid-19
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